REVOLUÇÕES
BURGUESAS (1789-1843)
Ø Envolvem
a Revolução Francesa, a Revolução Industrial e as Revoluções Liberais.
Ø Colocam
a burguesia no poder político.
Ø Burguesia
destrói o “Antigo Regime” e organiza o “Estado burguês”
Ø Acabam
com a servidão e a escravidão.
Ø Dão,
até certo ponto, liberdade.
Ø Começam
o trabalho assalariado (sociedade de consumo).
Ø Colocam
a igualdade de direitos.
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REVOLUÇÃO INDUSTRIAL
REVOLUÇÃO INDUSTRIAL
Levou à consolidação do
Capitalismo Industrial.
Características do
Capitalismo:
Ø Separação
entre capital e trabalho
Capital X Trabalho
Donos de máquinas X Proletariado
Burguesia X Salários
Lucros
Ø Sociedade
de consumo: é característica do capitalismo industrial, liga os
fatores acima e não existia anteriormente.
O
primeiro país a realizar a Revolução Industrial foi a Inglaterra, foi
decorrente do acúmulo de capital, gerado pelas práticas mercantilistas
(capitalismo comercial).
A
Inglaterra introduziu o capitalismo no campo, começando com a prática dos
“enclousures” (cercamento dos campos). Os “enclousures” iniciaram-se após a
Peste Negra e intensificaram-se com Henrique VIII e Elisabeth I, transformando
os campos de plantio em pastagens para ovelhas, das quais era retirada a lã e
vendida para as indústrias. Isso levou ao êxodo rural (primeiro país a passar por
isso).
Com
a mecanização das manufaturas, graças à invenção da máquina a vapor, foi
possível reduzir o tempo de produção e os custos.
A
burguesia, dona das máquinas, passa a estipular o preço do trabalho já que
havia excesso de trabalhadores.
Exploração
do trabalhador
Ø Baixos
salários
Ø Exploração
do trabalho feminino e infantil
Essa exploração leva ao surgimento de
movimentos de trabalhadores.
Movimento Ludista
(1811-1812)
Reclamações
contra as máquinas inventadas após a revolução para poupar a mão de obra já
eram comuns. Em 1811 surgiu o movimento ludista, uma forma mais radical
de protesto. O nome deriva de Ned Ludd, um dos líderes do movimento. Os luditas
invadiam fábricas e destruíam máquinas (que, por serem mais eficientes que os
homens, tiravam seu trabalho, exigindo deles duras horas de jornada de trabalho).
Os manifestantes sofreram violenta repressão, foram condenados à prisão, à
deportação e até à forca. Os luditas ficaram lembrados como "os
quebradores de máquinas".
Anos
depois os operários ingleses mais experientes adotaram métodos mais eficientes
de luta, como a greve e o movimento sindical.
Movimento Cartista
(1837-1848)
O
"movimento cartista" foi organizado pela Associação dos Operários,
exigindo melhores condições de trabalho, incluindo:
Ø a
limitação de oito horas para a jornada de trabalho.
Ø a
regulamentação do trabalho feminino.
Ø a
extinção do trabalho infantil.
Ø a
folga semanal.
Ø o
salário mínimo
Este
movimento lutou ainda pela instituição de novos direitos políticos, como o
estabelecimento do sufrágio universal (nesta época, o voto era um direito
dos homens, apenas), a extinção da exigência de ter propriedades para que se
pudesse ser eleito para o parlamento e o fim do voto censitário. O movimento se
destacou por sua organização e forma de atuação, conquistando diversos direitos
políticos para os trabalhadores.
Os sindicatos (Trade Union)
Os
empregados das fábricas formaram associações e sindicatos durante a Primeira
Revolução Industrial, a princípio proibidos e duramente reprimidos. Na segunda
metade do século XIX, a organização dos trabalhadores assume um considerável
nível de ideologização. O sindicalismo, na virada do século XX, é caracterizado
por anseios revolucionários e de independência em relação aos partidos
políticos. Após a Primeira Guerra Mundial, uma parte dos sindicatos se alinha
ao ideário socialista e comunista, enquanto outra parte se inclina para o
reformismo ou para a tradição cristã. Em 1864 é criada, em Londres, a Associação
Internacional de Trabalhadores, a Internacional, primeira central sindical
mundial da classe trabalhadora. No mesmo ano, na França, é reconhecido o direito
de greve. Em 1919 é criada a Organização Internacional do Trabalho (OIT),
um dos mais antigos organismos internacionais, com direção tripartite, composta
por representantes dos governos, dos trabalhadores e dos empregadores.
Etapas
da Revolução Industrial - Podem-se distinguir três períodos no
processo de industrialização em escala mundial:
Primeira
Fase: Teve inicio na Inglaterra, em meados do século XVIII.
Espalhou-se, durante a segunda metade do século, para outros países da Europa.
Ø Pioneirismo
inglês: existência no país de minas de carvão mineral (fonte de energia)
e minério de ferro (matéria-prima).
Ø O
capitalismo industrial teve grande impulso, graças ao acúmulo de capital.
Ø Invenção
e uso de novos sistemas de transporte: ferroviário (locomotivas a vapor) e
navegação (navios a vapor), para suprir a necessidade de transporte de
mercadorias em larga escala.
Ø Fase
de transição: do sistema de produção artesanal para o industrial.
Ø Houve
a invenção de diversas máquinas movidas a vapor (produção).
Ø Os
trabalhadores das fábricas recebiam salários baixos, enfrentam péssimas
condições de trabalho e não tinham direitos trabalhistas.
Ø Houve
o uso de mão de obra infantil e feminina, com salários abaixo dos homens.
Ø Busca
de matérias- primas e mercados consumidores na África e Ásia, através do neo-colonialismo.
Segunda Fase:
Teve inicio nos Estados Unidos, no final do século XIX e começo do século XX.
Ø Criação
e uso de novas tecnologias como, por exemplo, veículos automotores e aviões.
Ø Significativo
aperfeiçoamento nas tecnologias usadas nas máquinas industriais, que se
tornaram mais eficientes.
Ø Sistemas
de produção mais eficientes: maior produtividade, com redução de custos.
Exemplo: fordismo (Henri Ford)
Ø Uso
do petróleo e energia elétrica, como principais fontes de energia.
Ø Avanços
na área de telecomunicações. Ex: telefone e rádio.
Terceira Fase: Liderada
também pelos Estados Unidos, teve inicio com o final da Segunda Guerra Mundial (meados
do século XX). É a fase em que vivemos até a atualidade.
Ø Introdução
do uso de novas fontes de energia como, por exemplo, a nuclear.
Ø Desenvolvimento
e uso da informática, por parte de empresas e governos. Posteriormente para
todas as pessoas.
Ø Melhorias
nas condições de trabalho, com ampliação dos direitos trabalhistas.
Ø Fortalecimento
do sistema capitalista.
Ø Crescimento
econômico do Japão e da Alemanha, que passam a figurar como potências
econômicas na segunda metade do século XX.
Ø Desenvolvimento
da Genética e da Biotecnologia, oferecendo novos recursos para a área médica e
fortalecendo a indústria de medicamentos.
Ø Desenvolvimento
da Globalização, principalmente após o fim da Guerra Fria, que trouxe um novo
cenário nas relações econômicas e formas de produção.
Ø Desenvolvimento
da Internet, no final do século XX e começo do XXI, que alavancou o mundo do
comércio e das finanças.
Ø Preocupação
com o Meio Ambiente (Sustentabilidade), a partir da década de 1970,
(aquecimento global, efeito estufa, desmatamento, extinção de espécies animais,
buraco na camada de ozônio). Vale lembrar que grande
parte destes problemas ambientais foram causados pela Revolução Industrial,
desde sua primeira fase.
Ø Importância
dos países emergentes (China, Rússia, Brasil e Índia), no cenário econômico
global.
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ILUMINISMO
ILUMINISMO
O movimento iluminista teve
início na Inglaterra.
Até século XVII
|
Século XVIII - Iluminismo ou Ilustração
|
Absolutismo
Fanatismo
religioso
Postura
dogmática
Verdade
absoluta imposta pela Igreja
|
Questionamento
do antigo regime
Declínio
do fanatismo religioso
Predomínio
do racionalismo
|
Principais filósofos do
iluminismo:
Inglaterra:
John
Locke: “Dois tratados sobre o Governo Civil” – “A paz é fruto
do acordo entre governantes e governados”.
Direitos naturais do homem:
Vida, Liberdade e Propriedade.
Adam
Smith: utilizou-se dos dois últimos direitos (liberdade e
propriedade) e criou o Liberalismo Econômico, que pregava a livre iniciativa,
livre comércio, livre concorrência e não intervenção do Estado na economia,
pois esta se regularia através da Lei da Oferta e da Procura.
França:
Adaptação e expansão das ideias inglesas.
René
Descartes: “Discurso do Método” – “Penso, logo existo”: o
pensar se refere a duvidar, o que se opunha à postura dogmática da
Igreja.
Voltaire:
“Despotismo
Esclarecido” – o rei deve ser um filósofo,deve reformar a sociedade cedendo aos
direitos naturais.
Doutrina de caráter
elitista: O povo é ignorante (Igreja responsável), portanto, não tem condições
de dar ideias para as reformas.
Voltaire foi o filósofo que
mais insistiu no anticlericalismo (oposição à Igreja). Acreditava que a Igreja
era a grande responsável pela ignorância do povo e que, por isso, o Estado
deveria responsabilizar-se pela educação, a qual deveria ser voltada às
ciências.
Montesquieu:
“Do
Espírito das Leis” – Acordo entre governantes e governados e tripartição do
poder em Legislativo, Executivo e Judiciário. O poder não pode ficar
concentrado nas mãos de uma única figura, pois haverá abuso de poder.
Jean
Jacques Rosseau: “Contrato Social” – Mito do bom selvagem: “o
Homem é bom, a sociedade é que o corrompe”. Criador da democracia moderna
(representativa). Criticou a propriedade privada e a desigualdade social.
Democracia
Moderna: A nação escolhe seus representantes, que fazem as leis.
Cabe ao governo e aos representantes do povo executar as leis e também
respeitá-las.
Abaixo você encontra uma apresentação de slides para lhe ajudar:
http://www.4shared.com/file/BWXmOXrN/ILUMINISMO.html
http://www.4shared.com/file/BWXmOXrN/ILUMINISMO.html
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INDEPENDÊNCIA DOS EUA
INDEPENDÊNCIA DOS EUA
Antes do desenvolvimento do
Comércio Triangular, a região das colônias inglesas do Norte e do Centro
gozavam de certa autonomia, pois a Inglaterra não tinha grande interesse na
região, já que não era possível produzir nenhum produto de grande valor
comercial (gêneros tropicais).
Com o desenvolvimento do
Comércio Triangular, a Inglaterra passou a querer dominar e controlar a região,
a fim de cobrar impostos e lucrar com o comércio desenvolvido, Tal atitude
gerou descontentamento entre os colonos.
Na mesma época, a Inglaterra
se envolveu na Guerra dos Sete Anos, contra a França. Em busca de recursos para
financiar esta guerra na Europa, a Inglaterra passa a impor leis restritivas e
impostos sobre as colônias do Norte e do Centro, aumentando a insatisfação
entre os colonos. Os colonos exigem a retirada de tais leis, mas não são
atendidos. Eles se unem e, em 1776, declaram independência dos EUA.
Após o tema Expansão dos EUA para o Oeste você encontrará uma apresentação de slides para lhe ajudar.
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EXPANSÃO DOS EUA PARA O OESTE
EXPANSÃO DOS EUA PARA O OESTE
Nos dez primeiros anos após
a independência dos EUA, ocorreram disputas entre os treze Estados formados,
pois havia o acordo de que cada Estado seria autônomo. Estas disputas quase
levaram à formação de treze países.
Para resolver tal questão,
em 1787, foi criada uma Constituição (a mesma até hoje) e a tripartição de
poderes.
A princípio o Norte e o Sul se alternavam na
presidência, iniciando um período de paz e os EUA iniciam sua expansão
territorial para oeste. Para convencer o povo a deslocar-se para o Oeste, os
EUA utilizaram-se de alguns argumentos:
Ø Doutrina
do Destino manifesto: Deus havia dado aos americanos a missão de levar a
civilização e a cristandade aos povos (índios) do oeste.
Ø Busca
do ouro, que havia sido descoberto a oeste.
Ø Venda
(a baixo custo) ou concessão, de terras a oeste.
A expansão para o oeste
levou a uma matança desenfreada de índios e os sobreviventes fugiram para o
atual Canadá.
Essa expansão afetou o
equilíbrio entre o Norte e o Sul. O Norte desenvolveu sua indústria e comércio,
enquanto o Sul permaneceu dedicando-se a exportação de gêneros tropicais. Com a
expansão industrial, o Norte passou a querer o fim da escravidão, visando aumentar
o mercado consumidor. Surgiu então um acordo sobre onde a escravidão seria
permitida.
Em 1861, Abraham Lincoln foi
eleito presidente. Como era abolicionista, gerou medo entre os Estados do Sul
(que dependia da mão de obra escrava), que resolveram se separar do restante
dos EUA.
Consequência:
a Guerra de Secessão (ou Guerra Civil Americana). Pela Constituição, a
União (entre norte e sul) era indivisível; portanto, a guerra era justa, já que
o Sul ferira a Constituição.
A Guerra da Secessão foi um
massacre do Norte sobre o Sul, pois eram mais fortes, econômica e militarmente.
Após a guerra, a escravidão foi abolida e o capitalismo consolidado.
Após controlar seu mercado
interno, os EUA passam a se preocupar com o mercado externo, utilizando-se da Doutrina Monroe (1823 – “A
América para os americanos”) Essa doutrina fez os EUA ser o primeiro país a reconhecer
a independência do Brasil.
Primeiras
intervenções externas:
Independência
cubana
(1898):
Ø O
açúcar cubano era ambicionado pelos EUA.
Ø Feita
a independência cubana, Porto Rico passou a ser um Estado associado aos EUA.
Ø Em
troca do apoio dos EUA, Cuba assinou a Emenda
Platt, que determinava que os EUA poderiam intervir em Cuba sempre que os
interesses dos EUA estivessem em jogo. Essa situação gerou diversas ditaduras,
financiadas pelos EUA, em Cuba.
Canal
do Panamá (1913):
Ø Ideia
francesa (mesma empresa francesa que fez o Canal de Suez, porém fugiu com o
dinheiro das ações).
Ø Objetivo:
ligar o Oceano Atlântico ao Oceano Pacífico através de um canal marítimo. Os
EUA se prontificaram a construir o canal mas Colômbia (que era a proprietária
do Panamá) não aceitou.
Ø Os EUA ajudaram o Panamá a declarar sua
independência, construiram o Canal,
implantaram uma ditadura e ficam com uma faixa de 8 km de cada lado do canal.
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REVOLUÇÃO FRANCESA (1789-1799)
REVOLUÇÃO FRANCESA (1789-1799)
A Revolução Francesa é o
marco da passagem do poder político para as mãos da burguesia. Também abriu o
ciclo das Revoluções Burguesas, quando, além de assumir o poder político, a
burguesia consolidou o capitalismo.
A França possuía a melhor
estrutura absolutista e, por isso, teve um grande desgaste, que se arrastou por
muito tempo, causando a revolta e a violência da Revolução.
Precedentes:
- crise financeira, provocada pela
participação desastrosa em duas guerras contra a Inglaterra;
- aumento da carga de impostos - só o povo (o
3º estado) - pagava;
- Assembleia dos estados gerais;
Desenvolvimento:
A sociedade francesa
permanecia estamental: o 1º estado (clero) e o 2º estado (nobreza) continuavam
isentos de impostos.
No mesmo período o rei
entrou em duas guerras contra a Inglaterra (Guerra dos Sete anos e a de
Independência dos EUA) causando um enorme déficit nos cofres franceses. Além
disso, a nobreza vivia num grande luxo, a rainha personificava os gastos
indevidos, a ponto de ser apelidada de “Madame Déficit”. Enquanto isso, o povo
passava fome.
É convocada a Assembleia dos
Notáveis, em 22 de fevereiro de 1787 para resolver a crise financeira francesa.
Era composta, principalmente, por membros do clero, que se recusava a adotar
qualquer reforma tributária que fosse contra os privilégios de sua própria
classe. Fracassou, evidentemente
O rei da França, Luís XVI
convoca, em 1789, a Assembleia dos Estados Gerais (depois de 175 anos de
inatividade). São eleitos 279 deputados do clero, 287 da nobreza e 556 do
Terceiro Estado (povo), dos quais, a maioria, é burguesa. Nessa Assembleia,
cada estado tinha
direito a apenas um voto; o clero e a nobreza se uniam para derrotar o terceiro
estado (povo) nas votações, havendo sempre dois votos contra um. O Rei ordenou
o fechamento da sala que era usada para as reuniões, procurando dissolver a
Assembleia Nacional. Os representantes do terceiro estado, liderados pela burguesia,
transferiram-se para um salão de jogos do palácio. Nesse local eles fizeram o "Juramento do Jogo da Péla"
(ancestral do tênis): Liberdade,
Igualdade e Fraternidade (lema da Revolução Francesa). Estabeleceram que
ficariam até criarem a Constituição Francesa, onde constariam os direitos
políticos e jurídicos dos cidadãos franceses.
Diante da ameaça das tropas
reais, foram feitos comícios para chamar o povo às armas. Coincidentemente, o
trigo estava com altos preços, devido à péssima colheita, e o povo passava
fome, o que os predispôs a aceitar o chamamento da Assembleia. Passam a ocorrer
assaltos aos quartéis para tomar armas, sendo o mais famoso a “Tomada da Bastilha”, em 14 de julho de
1789. Este era o local para onde o rei mandava aprisionar seus inimigos; sua
tomada significava desmoralizar o rei.
Quando o povo, no interior
da França, soube sobre a Tomada da Bastilha, começam a saquear, matar nobres e
clérigos, pondo fogo nos livros de impostos. Tal fato era inédito, nunca
houvera um movimento tão forte e de tão grandes proporções. As tropas reais, na
maioria, confraternizavam com o povo. O rei estava desmoralizado e a nobreza
apavorada.
Noite do Grande Medo (04/08/1789):
diante da situação e percebendo que os fatos fugiam ao controle, a Assembleia
propôs, como forma de acalmar o povo, a supressão de todos os privilégios do
clero e da nobreza. O Rei Luís XVI é constrangido a assinar os decretos. Caíam,
assim, os privilégios da nobreza e do clero.
Dias depois foi feita a Declaração dos Direitos do Homem e do
Cidadão, tendo como base:
Ø Igualdade
de direitos.
Ø Liberdade
de expressão (importantíssima para a ação do jornal “O amigo do povo”, que
incitou, muitas vezes, o povo à violência, através dos escritos de Jean Paul
Marat).
Ø Direito
a resistir à opressão (o povo não pode ser prejudicado por leis).
Ø Direito
à propriedade privada (o mais importante para a burguesia, pois eliminou todo
sistema de monopólios). Com ele se extinguem as corporações e os pisos
salariais, liberando o uso da exploração do trabalho e pondo fim ao confisco de
bens.
Apesar de todo esse movimento
o povo invadiu o palácio de Versalhes, o rei foi levado a Paris, de onde nunca
mais sairia. Essa atitude de constrangimento do rei levou a uma reação externa.
Reação Externa:
Países absolutistas
preparavam um exército para invadir a França e recolocar o absolutismo no
poder.
O rei tentou fugir para a
Bélgica, disfarçado de plebeu, mas acabou preso por um fiscal, deixando claro
ser um traidor da revolução. De volta a Paris, fica praticamente suspenso de
suas atividades. A burguesia, com medo do povo, se aproximou da nobreza, sendo
feita a Constituição de 1791, baseada nas ideias de Montesquieu: tripartição de
poderes; o exército fica a cargo do rei; o voto se torna censitário – baseado
na renda. A burguesia cedia os direitos civis, mas não os políticos - e o povo
se revolta.
Logo após a França foi
invadida pelo exército Austro-prussiano. O rei, sabedor de que, se a França
perdesse, voltaria ao poder de forma absoluta, passou a entregar a guerra. A
burguesia, para não perder a guerra, pediu ajuda ao povo, que exigiu: a
Revolução, a República, os direitos políticos e a cabeça do rei. A burguesia
aceitou o acordo com o povo, aceitando as condições, até que surgisse a
oportunidade de “puxar o tapete” do povo.
Proclamação da República (21/07/1792)
Convenção
(1792-1795): A Assembleia da Convenção governou o país
(Regime Republicano sem presidente). Todos os órgãos governamentais eram
grupos.
-Os três Partidos: * locais
onde se sentavam na Assembleia Legislativa.
Girondinos ou Brissontinos (*direita): elementos da alta
burguesia, a favor da democracia liberal.
Jacobinos ou Montanheses (*esquerda): classe média e pequena
burguesia - apoiados pelo povo. Estavam
a favor de medidas radicais, chamadas por eles de medidas revolucionárias.
Planície ou Pântano (*centro): Alta burguesia indecisa.
Nem Girondinos, nem
Jacobinos tinham maioria de votos, deste modo tinham de fazer acordos com a Planície.
Jacobinos se entregam de
corpo e alma para vencer a revolução. Para dar agilidade criaram o Comitê de
Salvação Pública, que determinava as prioridades nas assembleias. Os jacobinos
assumem o poder. Com o objetivo de consolidar a revolução, propõem leis como:
Ø Lei
do Máximo: tabelamento de preços (quem desobedecia perdia a cabeça –
guilhotina)).
Ø Reforma
Agrária: com o intuito de conseguir voluntários para a guerra.
Ø Lei
dos Suspeitos: todo suspeito de ser contrarrevolucionário era preso,
investigado e, normalmente, condenado à guilhotina.
Essas leis, que marcaram o
chamado Período de Terror, iam contra a Declaração dos Direitos do Homem e do
Cidadão e negavam o lema revolucionário (Liberdade, Igualdade e Fraternidade),
dividindo os jacobinos, conforme o quadro abaixo:
Robespierre e seus partidários
|
Danton e seus partidários
|
Acreditavam que o Terror deveria ser
mantido.
|
Contra a manutenção do Terror. Danton
foi acusado de corrupção e traição por Robespierre e condenado à guilhotina.
|
Diante da divisão dos
Jacobinos, a burguesia percebeu ser a hora de agir, unindo-se aos dantonistas.
Robespierre foi tirado do poder, através do Golpe de 9 Termidor (27/07/1794).
Com o golpe, a burguesia
retornou ao poder: derrubou a Lei do Máximo, colocou Robespierre como fora da
lei e, apoiada pelos dantonistas com a promessa de acabar com a Lei dos
Suspeitos, levou Robespierre à guilhotina, no dia 10 de Termidor. Iniciou-se a Reação Termidoriana (Terror Branco: a
burguesia matava os líderes populares na calada da noite, para poder se impor.
As camadas populares, sem líderes, passaram a ser controladas facilmente).
Diretório (1795-1799)
Constituição de 1795:
Ø Retorno
do voto censitário (o povo, sem líderes, não sai às ruas).
Ø Burguesia
criava líderes que estivessem do seu lado.
Ø Pressão
da esquerda (Neojacobinos) e da direita (monarquistas), contra a Planície
(burguesia).
Neste
período, surgiu a figura de Napoleão Bonaparte. A imagem da vitória da
Revolução estava no exército por isso, a burguesia buscava ali os novos
líderes. O alto comando, que antes era formado por nobres, agora era formado
por recém-formados na Academia Militar.
Napoleão
Bonaparte (Capitão) havia vencido os ingleses em Tulon e, quando voltou, foi
promovido a General, mostrando uma grande ascensão social.
A burguesia, tinha como objetivo dar uma nova
cara à Revolução, por fim à sociedade estamental e emplacar a ideia de ascensão
social por mérito pessoal (merecimento), pondo fim à ideia de igualdade entre
todos. Para isto, usou a imagem de Napoleão, mostrado como um exemplo para os
jovens e herói nacional.
A
burguesia e os políticos astutos do Diretório perceberam que o general
Bonaparte era o homem certo para consolidar o novo regime. Propuseram-lhe que
utilizasse a força do exército para assumir o governo. Assim foi feito. Numa
ação eficaz, apesar de tumultuada, Napoleão fechou a Assembleia do Diretório. Foi
o Golpe de 18 do Brumário (9 de Novembro de 1799). Durante essa época, a
burguesia consolidaria seu poder econômico.
O
Golpe do 18 de Brumário marcou o início do Consulado, que foi quando a
burguesia, como meio de terminar a revolução, que já durava dez anos (de 1789 a
1799), Concentrou o poder na mão de três cônsules: Napoleão Bonaparte, Roger
Ducos, e Emmanuel Joseph Sieyès.
Com
o Consulado, estabeleceu-se um novo governo na França e o jovem general
Napoleão Bonaparte assumiu o cargo de primeiro-cônsul, em meio a uma crise
generalizada. Foi acolhido com entusiasmo pela burguesia, que aspirava à paz, à
ordem interna e à retomada normal das atividades. Os conspiradores do golpe não
temiam o General Bonaparte, escolhido para liderar o movimento, pois acreditavam
que acabariam por reduzir sua importância, fato que não ocorreu, pois em 1804
Napoleão Bonaparte se tornou Imperador da França.
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PERÍODO NAPOLEÔNICO (1799-1815)
PERÍODO NAPOLEÔNICO (1799-1815)
PERÍODO NAPOLEÔNICO (1799-1815)
Consulado (1799-1804)
Ø Três
Cônsules: Napoleão sendo o primeiro.
Ø Centralização
do poder.
Ø Fim
dos cargos eletivos, passando para nomeações.
Ø Reformas: administrativa,
judiciária (nas cidades chave, Napoleão colocou apenas juízes que
estivessem ao seu lado), bancária (criação do Banco da França, nos
moldes do Banco da Inglaterra – os dois primeiros Bancos Centrais do mundo) e educacional
(criação de escolas públicas, os Liceus, dos programas oficiais de ensino que
ensinavam valores burgueses).
Ø Criação do Código Civil:
proteção à propriedade privada, servindo depois de molde para os códigos civis
ocidentais).
Com
as reformas, Napoleão trouxe a paz e sua popularidade cresceu absurdamente.Junto,
cresceu sua ambição tornando-se cônsul vitalício e, posteriormente, Imperador
hereditário.
Império
(1804-1815)
1804: Declarou-se
Imperador, iniciando uma sequência de guerras, refletindo o expansionismo
burguês, disfarçado sob a ideia de expandir os direitos revolucionários.
Rivais da França: Inglaterra,
Áustria, Prússia e Rússia.
Napoleão
derrotou a Áustria e a Prússia e fez um acordo com a Rússia.
Bloqueio
Continental
(1806): diante da dificuldade de vencer a Inglaterra
militarmente, Napoleão decretou o Bloqueio Continental proibindo o comércio com
a Inglaterra. Esperava, com isso, quebrá-la economicamente. Todos os países que
desrespeitassem o Bloqueio seriam invadidos (durou 5 anos).
Em
resposta, a Inglaterra cria o Bloqueio
Marítimo: qualquer embarcação francesa era perseguida pela esquadra
inglesa.
Em
1807, as tropas de Napoleão invadiram a Espanha e, em seguida, Portugal. Após
sofrer derrotas na Espanha, Napoleão viu-se obrigado a deixar os dois países.
Em
1810, a Rússia rompe o acordo e Napoleão resolveu invadi-la. A Campanha Russa
foi um dos maiores desastres militares de todos os tempos, o inverno
destruiu o exército Napoleônico. Arruinado, em 1814 Napoleão teve de
renunciar ao trono francês e foi exilado na Ilha de Elba. Os vitoriosos
ocuparam a França, restabeleceram a monarquia dos Bourbon e conduziram ao trono
Luís XVIII, irmão do rei guilhotinado em 1793. Ao mesmo tempo, os países
vitoriosos decidiram se reunir e traçar os destinos da Europa, organizando-se
no Congresso de Viena, que foi interrompido pela volta de Napoleão.
O
restabelecimento da monarquia dos Bourbon na França foi seguido do retorno dos
nobres que haviam fugido do país no início da Revolução. Ao voltar, os exilados
tentaram recuperar os antigos direitos e reaver seus bens, o que gerou grande
insatisfação popular.
Percebendo
que o momento era propício para intervir, mais uma vez, no cenário político,
Napoleão fugiu de Elba e, em março de 1815, retomou o poder, no chamado Governo dos Cem Dias. Napoleão foi
definitivamente vencido pelo militar inglês Arthur Wellesley, Duque de
Wellington, na Batalha de Waterloo, na Bélgica, em junho de 1815. Dessa
vez, os ingleses o enviaram para um local mais distante: a Ilha de Santa
Helena, em pleno Oceano Atlântico, onde morreu em maio de 1821.
Congresso
de Viena 1815:
Ø Restauração
do absolutismo (a ideia era enterrar os ideais da Revolução, mas ideais jamais
são enterrados).
Ø Princípio
da legitimidade: todos os reis depostos por Napoleão voltariam aos seus postos.
Ø Equilíbrio
europeu: Áustria+Rússia+Prússia dividem o mapa da Europa de acordo com seus
interesses (isso visava garantir o absolutismo e impedir revoluções).
Ø Criação da Santa
Aliança: acordo militar entre Áustria, Prússia, Rússia e Inglaterra, que
determinava a invasão de qualquer país onde a monarquia fosse ameaçada.
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INDEPENDÊNCIA DA AMÉRICA ESPANHOLA
A Espanha havia sido invadida
por Napoleão, o que permitiu a autonomia administrativa da América Espanhola,
com o fortalecimento das Câmaras Municipais nas colônias. Com a queda de Napoleão,
a Espanha tenta retomar a situação sobre as Colônias na América, o que leva os criollos a liderar os movimentos de
independência.
Argentina
- A
Guerra de Independência da Argentina durou quinze anos e terminou com a vitória
dos separatistas, que conseguiram consolidar sua independência e colaboraram
para a independência de outros países da América do Sul.
Em 25 de maio de 1810, a
República Argentina iniciou o caminho de unificação, mas foi no ano de 1816 que
a nação se libertou, após o Congresso de Tucumán, onde foram realizadas
diversas discussões entre os diferentes representantes das províncias, que
manifestaram os interesses políticos de cada uma e suas posturas sobre o
caminho a ser tomado para o benefício de todas. Os debates se estenderam até 9
de julho de 1816, quando todos os deputados aprovaram, por aclamação, a
proposta de independência. As Províncias Unidas na América do Sul
declararam formalmente sua independência da coroa espanhola, concluindo um
complexo processo revolucionário de seis anos e iniciando outro, também
complexo, que levaria a conformação da Nação
Argentina, pela Constituição de 1826.
Paraguai - Buenos Aires
(capital da Argentina) tornava-se mais poderosa e os líderes paraguaios
insurgiam-se contra o declínio da importância de sua província. Também
contestavam a autoridade espanhola, mas recusaram-se a aceitar a declaração de
independência da Argentina (1810) como extensiva ao Paraguai. Nem mesmo anintervenção
do exército argentino conseguiu efetivar a incorporação da província. Mais
tarde, porém, quando o governador espanhol do Paraguai solicitou auxílio
português para defender a colônia dos ataques de Buenos Aires, os paraguaios,
liderados por Fulgencio Yegros, Pedro Juan Caballero e Vicente Ignácio Iturbide,
depuseram o governador e proclamaram a independência do país a 14 de maio de
1811. Após curto período de
anarquia, José Gaspar Rodríguez Francia implantou uma ditadura, reprimiu a
oposição ao regime e isolou o Paraguai do resto do mundo, não mantendo relações
com nenhum país e proibindo a emigração e a imigração, como meio de deter as
ambições expansionistas do Brasil e da Argentina e a penetração estrangeira. A
fim de evitar a necessidade de comércio exterior, o ditador estimulou a
autossuficiência agrícola, mediante a introdução de novas culturas e
desenvolveu as manufaturas. Essa política isolacionista contribuiu para
preservar o caráter homogêneo do povo paraguaio e seu espírito de
independência.
Venezuela: Em 1809 ocorreu a
primeira Insurreição pela independência, encabeçada pelo general Francisco de
Miranda. A independência foi proclamada em 5 de Julho de 1811, mas Miranda foi
preso e foram necessários dez anos de luta contra as forças espanholas até a
decisiva batalha de Carabobo (1821).
República da Grande Colômbia:
Venezuela Colômbia, Equador e Panamá. Após a morte de Simón Bolívar, o grande herói da independência e grande articulador
da ideia da Grande Colômbia, a Venezuela retirou-se do grupo.
Colombia - Em 20 de Julho de 1810, acontece a primeira
tentativa de proclamação da independência. Uma longa guerra pela independência
liderada principalmente por Simón Bolívar e Francisco de Paula Santander,
terminou em 7 de Agosto de 1819, após a Batalha de Boyaca. Neste ano, o
Congresso de Angostura fundou a República da Grã-Colômbia. Pouco depois, houve
falta de consenso entre federalistas e unionistas. Após vitórias dos primeiros,
Venezuela e Equador se separam do país e constituem duas repúblicas separadas.
Equador-
Em 1822, forças locais se organizaram e derrotaram o
exército monarquista, unindo- se à
"Gran Colômbia", república fundada por Simón Bolívar, da qual só veio
a separar-se no dia 13 de maio de 1830, sendo um dos três países que emergiram
do colapso da "Grã-Colômbia”.
Panamá - Em 28 de novembro de
1821 proclamou sua independência. Poucos meses mais tarde, integrou-se à Grande
Colômbia de Simón Bolívar, com o nome de departamento do Istmo. Sediou, pouco
depois, o primeiro Congresso Interamericano, convocado por Bolívar em 1826. Em
1840 houve uma efêmera independência de 13 meses, seguida da reincorporação do
território à Colômbia, como departamento do Panamá. Em 3 de novembro de 1903,
um movimento separatista proclamou a independência do Panamá em relação à
Colômbia. Os Estados Unidos reconheceram de imediato o novo Estado e enviaram
forças navais que impediram a chegada de tropas colombianas para sufocar a
rebelião. Quinze dias depois, foi firmado um Tratado que concedia aos Estados
Unidos o uso, controle e ocupação perpétua da Zona do Canal, uma faixa de 16 km
de largura, que atravessa o istmo. Em 1904 reiniciaram-se as obras do Canal do
Panamá (liga o Oceano Pacífico ao Atlântico), que só foi aberto oficialmente ao
tráfego em 15 de agosto de 1914.
Peru - No início do século
XIX, enquanto a maioria da América do Sul era assolada por guerras de
independência, o Peru continuava a ser um reduto monarquista espanhol. A independência foi obtida apenas
após as campanhas militares de José de San Martín e Simón Bolívar.
Chile - Entre
1810 e 1818 a colônia, então chamada de Reino do Chile, separou-se da Espanha e
formou um governo independente, através de luta armada. O movimento da
independência do Chile, liderado por Bernardo O’higgins, ocorreu no dia 12 de
fevereiro de 1818.
México - Em
16 de setembro de 1810, a independência foi declarada pelo padre Miguel Hidalgo
y Costilla, que formava o primeiro grupo insurgente, junto ao Capitão do
exército do vice-reino, o espanhol Ignacio Allende, o Capitão de milícias Juan
Aldama e "La Corregidora" Josefa Ortiz de Domínguez. Hidalgo e alguns
de seus soldados foram capturados e executados por um pelotão de fuzilamento em
31 de julho de 1811. Após sua morte, a liderança foi assumida pelo padre José
María Morelos, que ocupou as principais cidades do sul. Em 1813, foi convocado
o Congresso de Chilpancingo e foi assinada a Ata solene da declaração de
independência da América Setentrional. Morelos foi capturado e executado em 22
de dezembro de 1815. Nos anos seguintes, a revolta esteve perto do colapso, mas
em 1820 o Vice-rei, Juan Ruiz de Apodaca, enviou um exército sob o comando do
general criollo Agustín de Iturbide contra as tropas de Vicente Guerrero. Em
vez disso, Iturbide aproximou-se de Guerrero para juntar forças, e em 1821 os
representantes da Coroa espanhola e Iturbide assinaram o Tratado de Córdoba,
que reconheceu a independência do México, nos termos do Plano de Iguala. Iturbide
proclamou-se imediatamente imperador do Primeiro Império Mexicano. Uma revolta
contra ele, em 1823, estabeleceu os Estados Unidos Mexicanos. Em 1824, uma
Constituição da República foi elaborada.
O século XIX foi marcado
pela instabilidade política, com o surgimento do Caudilhismo (caudilho: latifundiário). Os Caudilhos usavam o
exército para atender seus interesses pessoais gerando uma série de Golpes de
Estado.
Revolução Mexicana (1910): Porfirio
Díaz, um general republicano, governou o México de 1876 a 1880 e depois de 1884
a 1911, em cinco reeleições consecutivas, período conhecido como Porfiriato,
caracterizado por notáveis realizações econômicas, investimentos nas artes e
ciências, mas também por desigualdade econômica e repressão política. A
provável fraude eleitoral que levou à quinta reeleição de Díaz provocou a
Revolução Mexicana de 1910, inicialmente liderada por Francisco I. Madero. Díaz
renunciou em 1911 e Madero foi eleito presidente, mas deposto e assassinado
durante um golpe de Estado, dois anos depois, dirigido pelo conservador general
Victoriano Huerta. Evento esse que re-iniciou a guerra civil, envolvendo
figuras como Francisco Villa e Emiliano Zapata, que formaram suas
próprias forças. A terceira força, o exército constitucional liderado por
Venustiano Carranza, conseguiu pôr fim à guerra, e radicalmente alterou a
constituição de 1857 para incluir muitas das premissas e demandas sociais dos
revolucionários, que foi chamada de Constituição de 1917.
Abaixo você encontra uma apresentação de slides para lhe ajudar:
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REVOLUÇÕES LIBERAIS (SÉCULO XIX)
REVOLUÇÕES LIBERAIS (SÉCULO XIX)
O século XIX foi o século
da burguesia. A Revolução Industrial e a Revolução Francesa consolidaram o
capitalismo, abrindo espaço para a burguesia.
Entre
1815-1830: Restauração –
período em que as monarquias absolutistas europeias estavam retomando o poder.
Revoluções de 1830:
França: A burguesia,
apoiada pelo povo, derrubou o rei absolutista Carlos X, colocando em seu lugar
o Rei Luís Filipe I (“o rei burguês”).
Itália/Alemanha: surgimento de
movimentos nacionalistas contra o Congresso de Viena (Rússia, Prússia, Áustria
- que dividiram a Europa de acordo com seus interesses, formando Impérios).
Entre
1830-1848:
França: A Revolução
Industrial despertou as teorias socialistas. Muitos artesãos perderam seus
empregos e foram contratados por baixos salários.
1846-1847: “Mal das Batatas”, a
batata - base da alimentação europeia - teve mais da metade da safra perdida
nesses anos, pois havia empedrado no solo, elevando o desemprego no campo, que
somado ao desemprego nas cidades, elevaram as tensões sociais. A burguesia reclamava do governo de Luís
Filipe que não dava financiamentos devido à crise. Esses descontentamentos
geraram críticas que foram repreendidas com censura (proibição dos banquetes –
reuniões políticas).
Revolução de 1848: A
burguesia industrial e os socialistas derrubaram o Rei Luís Filipe e proclamaram
a República, porém o povo se manifestou contra decisões da burguesia (Primavera dos povos – essas manifestações
se espalharam por toda Europa).
Na França - as eleições presidenciais levaram Luís
Napoleão Bonaparte (candidato da burguesia e sobrinho de Napoleão Bonaparte) a
assumir o governo. Este inventou que os socialistas iriam fazer a reforma
agrária (era mentira) já que não tinha sido feita por seu tio e pelos
jacobinos, na Revolução Francesa.
No mesmo período, a
burguesia propõs que, para ser eleitor, era necessário ter três anos de
residência fixa (o objetivo era diminuir o número de eleitores). Luís fez um
discurso condenando a proposta, buscando apoio popular para poder dar um golpe
de Estado.
*18 do Brumário de Luís Napoleão: Fechou a
AssembleiaLlegislativa e aumentou seu mandato de 4 para 10 anos. Posteriormente
declarou-se imperador, com o título de Napoleão III, reconciliando-se com a
burguesia, dando inicio ao período imperial (1852-1870). Para resolver a crise
econômica iniciou um grande programa de obras públicas, porém estes empregos
eram temporários, era preciso criar empregos e eliminar o excesso populacional.
A saída foi expandir o território; Luís buscou conquistar colônias na África
e Ásia, portanto, era necessário aumentar o exército (diminuição do
desemprego). Com a conquista de colônias era preciso levar produtos de toda
ordem para as mesmas (aumento da produção=diminuição do desemprego). Com estas
medidas, Luís satisfez o povo e se manteve no poder. Em 1848, era clara a separação
entre a burguesia e o povo.
Napoleão III entrou em
guerra com a Prússia e acabou deposto, após perder a guerra em 1871. Dessa vez,
o povo se negou a aliar-se à burguesia, formando a Comuna de Paris, quando expulsaram a burguesia e montaram um
governo provisório baseado em ideias socialistas, esperando a união do restante
do país.
No entanto, a burguesia
dobrou o salário do exército e Paris foi invadida. Os revolucionários que não
foram fuzilados foram deportados para a Guiana Francesa. Esta foi a primeira insurreição proletariada.
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UNIFICAÇÃO ITALIANA E ALEMÃ
UNIFICAÇÃO ITALIANA E ALEMÃ
Por que não houve a
unificação durante a Idade Moderna:
Alemanha:
devido à divisão religiosa entre católicos e protestantes,
principalmente luteranos.
Itália:
equiparação
(igualdade) de poder entre as cidades e a existência dos Estados da Igreja.
1815-1870
Com o Congresso de Viena,
em 1815, o fim da sociedade estamental e o surgimento das sociedades de classe,
as pessoas passaram a identificar-se como cidadãos, dando origem ao nacionalismo.
Entre 1815 e 1848, as ideias
de unificação foram conduzidas por liberais revolucionários (semelhantes aos
Jacobinos franceses). A burguesia, por medo do poder revolucionário, não se
aliou a esses liberais que, sem apoio financeiro, nada conseguiram. Em 1848,
com a Primavera dos Povos, várias tentativas ocorreram, mas fracassaram. Somente
com a entrada da burguesia o processo de unificação pôde acontecer. A partir de
1848, a burguesia tomou a liderança do processo de unificação, pois queriam
atingir a Revolução Industrial, sendo, porém, relativamente pequenos, para
concorrer com França e Inglaterra
A
unificação Alemã
A liderança da unificação
alemã ficou com a Prússia, pois este era o Estado alemão mais industrializado e
maior potência militar alemã, além de ter grande importância política na
Europa. Por volta de 1850, a Prússia já superava economicamente a Áustria, mas
a liderança política veio apenas em 1862, quando o rei Guilherme I, um
apaixonado pelas questões militares, começou a governar a Prússia, fazendo uma
reforma em suas forças armadas. O exército da Prússia logo se transformou no
melhor da Europa.
Otto
von Bismarck - ocupou, entre outros cargos, o de embaixador
na Rússia e na França. Foi nomeado
chanceler (primeiro-ministro). Membro da aristocracia alemã e também favorável
a uma monarquia centralizada, Bismarck realizou uma política de aliança,
intensificando a integração dos Estados alemães além de modernizar o exército,
sendo isso de grande importância para as batalhas que aconteceriam nos anos
seguintes.
Servindo-se da estratégia de
exaltação do espírito nacionalista, criou uma política de guerras contra
inimigos externos e contra a ocupação das regiões alemãs, o que auxiliou na
expansão do território prussiano e, posteriormente, germânico.
Em um período de sete anos (1864 - 1871), três
guerras de destaque foram decisivas para a unificação dos Estados germânicos: A
Guerra dos Ducados (1864), a Guerra Austro-Prussiana (1866) e a Guerra
Franco-Prussiana (1870-1871).
Guerra
dos Ducados (1864): Em fevereiro de 1864 a Prússia juntou-se à
Áustria em uma guerra contra a Dinamarca, pelo domínio dos ducados de Schleswig
e Holstein. Em outubro de 1864, Prússia e Áustria saíram vitoriosas e a
Dinamarca viu-se obrigada a assinar o Tratado de Paris, pelo qual cedia
Schleswig e Holstein para os vencedores.
Guerra
Austro-Prussiana (1866): Em 1866, a Prússia, com o auxilio da
Itália, também em processo de unificação nacional, entrou em Guerra contra a
Áustria. A vitória prussiana veio após a Batalha de Königgrätz, em Sadowa (3 de
Julho de 1866). No dia 23 de Agosto de 1866, foi firmado o acordo de paz em
Praga (Tchecoslováquia). Com a vitória, a Prússia expulsou a Áustria da
Alemanha, evitando assim uma tentativa da Áustria de subjulgar a Alemanha.
A
Guerra Franco-Prussiana (1870-1871): Apesar de a Áustria ter sido
derrotada pela Prússia, o sul da Alemanha era constituído por democratas, que aspiravam
a uma Alemanha liberal, se opondo à união com a Prússia de Bismarck, que era um
Estado militarista. Visando eliminar este entrave à unificação do norte com o
sul, Bismarck necessitava de um inimigo comum que os uniria e possibilitaria a
futura unificação; e este inimigo seria a França, de Napoleão III. Além disso,
tomar a Alsácia Lorena da França era vital, pois a região era rica em minério
de ferro, essencial para a Revolução Industrial.
Unificação
Italiana
As primeiras tentativas de
libertação do território italiano foi uma organização revolucionária chamada de
Jovem Itália liderada por Giuseppe Mazzini, republicano que defendia a
independência e a transformação da Itália numa república democrática.
Em 1848, os seguidores de
Mazzini promoveram manifestação contra a dominação austríaca em territórios
italianos, mas foram vencidos pelo poderoso exército austríaco. Apesar da
derrota, o ideal nacionalista permaneceu forte e a partir dessa época, a luta
pela unificação passou a ser liderada pelo Reino do Piemonte-Sardenha.
O Conde de Cavour, um dos
líderes do Risorgimento (movimento que pretendia fazer a Itália reviver
seus tempos de glória), representava todos os que desejavam a unificação. Para
alcançar tal objetivo, Cavour teve o apoio da burguesia e dos proprietários
rurais e colocou em prática um plano de modernização da economia e do exército
do Piemonte. Aproximou-se da França e conseguiu ajuda militar para enfrentar a
Áustria.
Com a ajuda da França, o
exército de Cavour obteve expressivas vitórias e a Áustria, derrotada, foi
forçada a entregar o reino do Piemonte. Quase ao mesmo tempo, o revolucionário
Giuseppe Garibaldi atacou o Reino das Duas Sicílias e criou condições para sua
libertação do domínio estrangeiro. Decidiram então, através de um plebiscito,
serem governados, também, pelo rei do Reino Sardo-Piemontês Victor Emanuel II.
Com a maior parte do atual
território italiano, em 1861, Victor Emanuel II foi proclamado rei da Itália,
mas, para que a unidade fosse completada era necessário conquistar Veneza e
Roma. Veneza foi incorporada no ano de 1866 e Roma em 1870, passando a ser
capital da Itália no ano seguinte.
O papa Pio IX não aceitou a
perda dos domínios territoriais da Igreja e rompeu relações com o governo
italiano, considerou-se prisioneiro e fechou-se no Vaticano. Assim nasceu a Questão
Romana que só foi resolvida em 1929 quando foi assinado o Tratado de
Latrão. Por esse acordo, foi criado o Estado do Vaticano, dirigido pela Igreja
Católica.
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EVOLUÇÃO DO SOCIALISMO
EVOLUÇÃO DO SOCIALISMO
O Socialismo apresentou-se
como uma crítica ao capitalismo.
± 1800: Socialismo Utópico
Pensamento socialista
primeiramente formulado por Saint-Simon (1760-1825), Charles Fourier
(1772-1837), Louis Blanc (1811-1882) e Robert Owen (1771-1858).
O nome vem da obra Utopia de
Thomas More (1478-1535), a derivação utópico pode ser entendida como lugar que
não existe; imaginário. Os primeiros socialistas que propuseram a construção de
uma sociedade igualitária foram posteriormente definidos como utópicos por seus
opositores marxistas, devido ao fato de seus teóricos exporem os princípios de
uma sociedade ideal sem indicar os meios para alcançá-la.
Os socialistas utópicos
acreditavam que a implantação do sistema socialista ocorreria de forma lenta e
gradual, estruturada no pacifismo, inclusive na boa vontade da própria
burguesia.
1848: Socialismo Científico
ou Marxismo
O marxismo se baseia no
materialismo e no socialismo científico, constituindo ao mesmo tempo uma
teoria geral e o programa dos movimentos operários. Em razão disso, o marxismo
forma uma base de ação para estes movimentos, porque eles unem a teoria com a
prática.
Analisando o capitalismo,
Marx desenvolveu uma teoria para o valor dos produtos: o valor é a expressão da
quantidade de trabalho social utilizado na produção da mercadoria. No sistema
capitalista, o trabalhador vende ao proprietário a sua força de trabalho,
muitas vezes o único bem que têm, tratada como mercadoria, e submetida às leis
do mercado, como concorrência, baixos salários. A diferença entre o valor do
produto final e o valor pago ao trabalhador, Marx deu o nome de mais-valia, que
expressa, portanto, o grau de exploração do trabalho (simplificando podemos
dizer que é o lucro).
Os empregadores tem uma
tendência natural de aumentar a mais-valia, acumulando cada vez mais riquezas e
isso seria a contradição interna do capitalismo, pois levaria o sistema ao
estrangulamento e autodestruição.
Segundo Marx, só poderia
haver socialismo num Estado socialista e para sobrevivência era necessário
haver um processo revolucionário constante, expandindo o socialismo por todo o
globo. Para ele também era de vital importância que o país atingisse o auge do
capitalismo para que ocorresse a revolução, a qual seria feita pelo proletário
urbano, já que o camponês não teria consciência política.
Com a Revolução Proletária,
a propriedade privada (meios de produção) passaria para o Estado que
reinvestiria os lucros no social. Com a revolução contínua, haveria um mundo
socialista e consequentemente o fim dos desejos de consumo, gerando um
equilíbrio social (se ganha bem, para viver bem), com isso as leis e o Estado
poderiam ser suprimidos alcançando o Comunismo.
Anarquismo
Quando falamos em
“anarquia”, muitos acreditam que a expressão tem a ver com qualquer evento ou
lugar carente de organização. Contudo, essa apropriação contemporânea está bem
distante das teorias que integram o chamado pensamento anarquista, estabelecido
logo depois que as contradições e injustiças do sistema capitalista já se
mostravam visíveis no século XVIII.
Os anarquistas concordavam
que toda instituição dotada de poderes impedia o alcance da liberdade. Dessa
forma, o Estado, a Igreja e muitos costumes são criticados na condição de
verdadeiros entraves para o alcance de um mundo regido por pessoas livres.
Paralelamente, as diferenças que identificam as classes sociais também seriam
combatidas por meio da extinção das propriedades privadas.
Em uma sociedade desprovida
de Estado, a produção e o gerenciamento das riquezas seriam estipulados por
meio de ações cooperativistas. Nesse contexto, todos alcançariam condições de
possuírem uma vida minimamente confortável e ninguém teria sua força de
trabalho explorada em benefício de um terceiro. Logo, a violência e a miséria
dariam lugar para um novo mundo regido pela felicidade da ampla maioria.
Assim como os socialistas,
os anarquistas acreditavam na expressa necessidade de se realizar um movimento
revolucionário que combatesse as autoridades vigentes. Apesar de tal
concordância, os anarquistas não acreditavam que uma ditadura do proletariado
fosse realmente necessária para que a sociedade comunista fosse alcançada. Em
sua visão, a substituição de um governo por outro somente fortaleceria novas
formas de repressão e desigualdade.
Socialismo
|
Comunismo
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Anarquismo
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Meios
e bens de produção nas mãos do Estado (ditadura do Proletariado)
|
Ponto
máximo do socialismo; educação da sociedade = fim do Estado;
|
Extinção
de qualquer forma de governo; cidadania levada às últimas consequências;
cooperativismo;
|
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IMPERIALISMO OU NEOCOLONIALISMO
IMPERIALISMO OU NEOCOLONIALISMO
Definição
Domínio de um povo ou nação
sobre outro(s) povo(s) ou nação(ões) num determinado momento da História. Hoje
se usam os termos: hegemonia ou unilateralismo; como antônimo, temos o
multilateralismo.
Colonialismo
|
Neocolonialismo
|
-
Século XVI ao início do XIX
-
Capitalismo comercial (mercantilismo)
-
Américas
-
Gêneros tropicais e metais preciosos
-
Expansão da fé cristã (desculpa era que eles, europeus, estavam levando o
cristianismo e salvando as almas dos índios).
|
- Final do século XIX e início do XX
- Capitalismo financeiro
- Ásia e África
- Matéria-prima e mercado consumidor
- “Fardo do Homem Branco” (desculpa era que
eles, europeus, estavam levando a civilização e o progresso – eurocentrismo).
|
1875-1914 – Era do
Imperialismo
O imperialismo necessita de
muito dinheiro, por se tratar de um investimento de longo prazo. O dinheiro em
questão vinha da exploração do trabalhador no século XIX, durante a Revolução
Industrial: com o aumento da velocidade de produção e com os baixos salários
pagos, gerou uma maior velocidade do acúmulo de capital.
Com os grandes conglomerados
industriais e o crescimento do número de bancos e das Bolsas de Valores, surge
o capitalismo financeiro (fusão do
capital bancário e do capital industrial). O banqueiro compra ações da
indústria e o industrial compra ações dos bancos, gerando uma diversificação de
investimentos e fortalecendo a burguesia.
Como toda crise, em qualquer
setor, afeta o burguês, este passa, então, a entrar no governo (diretamente ou
através de representantes) e a transformar o Estado num instrumento para
atingir os seus objetivos. Isto explica o processo de colonização da África e
da Ásia, por parte dos países europeus.
1885 – Conferência de Berlim
A
Conferência de Berlim determinou a divisão da África entre os países europeus,
sendo Inglaterra e França os que mais lucraram, enquanto a Alemanha ficou com
colônias insignificantes.
Com o processo de
descolonização iriam ocorrer guerras civis, pois a divisão foi arbitrária e
uniu povos de etnias rivais num mesmo território (essa técnica foi utilizada
para evitar revoltas durante o período colonial).
Resistência ao domínio
colonial
Guerras dos Bôeres – África
do Sul
As guerras dos bôeres foram
dois confrontos armados na atual África do Sul. Os colonos de origem holandesa e francesa (os
chamados bôeres), se opuseram ao exército britânico, que pretendia se apoderar
das minas de diamante e ouro, recentemente encontradas naquele território. Em
consequência das guerras, os bôeres ficaram sob o domínio britânico, com a
promessa de autogoverno.
A Primeira Guerra dos Bôeres
foi travada entre 1880 e 1881 e garantiu a independência da República Bôer do
Transvaal, com relação à Grã-Bretanha. Contudo, em outubro de 1899, o constante
aumento da pressão militar e política britânica, incitou o presidente do
Transvaal (Paul Kruger) a dar um ultimato, exigindo garantia da independência
da República e cessação da crescente presença militar britânica nas colônias do
Cabo e de Natal. Tal atitude foi tomada como inaceitável pelos britânicos,
dando início à Segunda Guerra dos Bôeres, travada entre 1899 e 1902, levando à
criação da União Sul-Africana, através da anexação das Repúblicas Bôeres do
Transvaal e do Estado Livre de Orange às colônias britânicas do Cabo e de
Natal.
Revolta dos Cipaios – Índia
A Revolta dos Cipaios, de
1857 a 1858, foi um período prolongado de levantes armados e rebeliões na Índia
setentrional e central, contra a ocupação britânica daquela porção do
subcontinente.
Pequenos incidentes de
descontentamento em janeiro de 1857, envolvendo incêndios criminosos em
acantonamentos, foram os precursores da rebelião. Posteriormente, instalou-se
uma revolta em grande escala, tornando-se uma guerra aberta nas regiões
afetadas. O conflito causou o fim do governo da Companhia Britânica das Índias
Orientais e o início da administração direta de grande parte do território
indiano, pela Coroa Britânica, pelos noventa anos seguintes.
Guerras do Ópio – China
As Guerras do Ópio (ou
Guerra Anglo-Chinesa) foram conflitos armados ocorridos entre a Grã-Bretanha e
a China nos anos de 1839-1842 e 1856-1860.
Em 1830, os ingleses
obtiveram exclusividade das operações comerciais no Porto de Cantão. A China
exportava seda, chá e porcelana (moda no continente europeu), a Inglaterra
sofria um grande déficit comercial em relação à China. Para compensar suas
perdas econômicas, a Grã-Bretanha traficava o ópio indiano para a China. O
governo de Pequim resolveu proibir o tráfico de ópio. Isso levou Londres a
declarar guerra à China, pois pretendia conservar este lucrativo comércio.
A
Primeira Guerra do Ópio (1839-1842): Em 1839, diante do
assassinato brutal de um súdito chinês por marinheiros britânicos embriagados
em Cantão, o comissário imperial chinês ordenou a expulsão de todos os ingleses
da cidade. Na ocasião, o governo chinês confiscou e destruiu cerca de 20 mil
caixas de ópio nos depósitos britânicos, expulsando da China os seus
responsáveis, súditos da Grã-Bretanha.
Esses fatos serviram de
pretexto para que a Grã-Bretanha declarasse guerra à China, na chamada Primeira
Guerra do Ópio (1839-1842). Em 1840, a esquadra britânica afundou boa parte dos
obsoletos juncos à vela (embarcações da marinha de guerra chinesa),
sitiou Cantão, bombardeou Nanquim e bloqueou as comunicações terrestres com a
capital, Pequim.
O conflito foi encerrado em
Agosto de 1842, com a assinatura do Tratado de Nanquim, o primeiro dos chamados
"Tratados Desiguais", pelo qual a China aceitou suprimir o sistema de
Co-Hong (companhia governamental chinesa), abrir cinco portos ao comércio de
ópio britânico (Cantão, Amói, Fuchou, Ningpo e Xangai), pagar uma pesada
indenização de guerra e entregar a ilha de Hong Kong. A Ilha ficaria sob o
domínio inglês por 155 anos. Como garantia do direito de comércio de ópio,
assim obtido, um navio de guerra britânico ficaria permanentemente ancorado em
cada um desses portos.
Apesar do acordo com a
China, a situação continuou a não satisfazer as ambições imperialistas dos
ingleses. O comércio de ópio não progredia tão rapidamente como o pretendido,
uma vez que os mandarins (autoridades) locais se atrasavam na resolução dos
assuntos que iam surgindo. Assim, a situação não era conforme os interesses dos
ocidentais.
A
Segunda Guerra do Ópio (1856-1860): Em 1856, oficiais chineses
abordaram e revistaram o navio de bandeira britânica, Arrow. Os franceses
aliaram-se aos britânicos no ataque militar, lançado em 1857. As forças aliadas operaram ao redor de Cantão,
de onde o vice-rei prosseguia com uma política protecionista. Mais uma vez, a
China saiu derrotada e, em 1858, as potências imperialistas ocidentais exigiram
que a China aceitasse o Tratado de Tianjin. De acordo com este tratado, onze
novos portos chineses seriam abertos ao comércio de ópio com o Ocidente e seria
garantida a liberdade de movimento aos traficantes europeus e missionários
cristãos. Quando o imperador se recusou a ratificar o acordo, a capital,
Pequim, foi ocupada. Após a Convenção de Pequim (1860), o Tratado de Tianjin
foi aceito. A China criou um Ministério dos Negócios Estrangeiros, permitiu que
se instalassem legações ocidentais na capital e renunciou ao termo
"bárbaro", usado nos documentos chineses para denominar os ocidentais.
Consequências:
Em
1900, o número de portos abertos ao comércio com o ocidente, chamados de
"portos de tratado", chegava a mais de cinquenta, sendo que todos os
países Europeus, assim como os Estados Unidos da América, tinham concessões e
privilégios comerciais.
A ilha de Hong Kong
permaneceu em poder dos britânicos até ser devolvida à China, em Julho de 1997.
O estatuto de Macau (colônia do Império
Português, a cerca de 60 km da colônia britânica), foi prorrogado. Macau
devolvida apenas em 20 de Dezembro de 1999.
Guerra
dos Boxers – China
O Levante, Rebelião ou
Guerra dos boxers (1899-1900), foi um movimento popular antiocidental e
anticristão na China.
A sociedade secreta dos Punhos
Harmoniosos e Justiceiros, que se opunha à expansão estrangeira, sustentava que,
com treino adequado, incluindo o ritual do boxe chinês, os seus membros
poderiam vencer os ocidentais, que usavam armas de fogo.
O movimento começou na
província de Shandong e teve suas raízes na pobreza rural e no desemprego, cuja
responsabilidade era atribuída às importações do Ocidente. Os boxers atacaram
as missões evangélicas e demais estabelecimentos estrangeiros, cortaram as linhas
telefônicas e as vias férreas. Impelidos em direção ao oeste, os missionários,
chineses e cristãos, além daqueles que possuíam bens estrangeiros, foram
atacados também. O movimento foi apoiado pela imperatriz e alguns governadores
de províncias.
Em 17 de junho de 1900 os
boxers cercaram as legações diplomáticas estrangeiras em Beijing por dois
meses.
Para sufocar a rebelião,
organizou-se uma força internacional colonialista, composta de 20 mil soldados
russos, americanos, britânicos, franceses, japoneses e alemães, que foi enviada
para ocupar a sede imperial, onde penetrou a 14 de Agosto de 1900, rendendo,
ocupando e saqueando a capital.
As forças estrangeiras
negociaram pesadas reparações em dinheiro; os Boxers reagiram com vingança em
1901. A monarquia salvou-se aceitando a liquidação das sociedades secretas, o
pagamento de uma indenização de guerra e a proibição de importar armas de fogo.
Japão: único país que não
cedeu ao Neocolonialismo, devido à sua rápida passagem (50 anos) para o
capitalismo.
Durante a Era Meiji, o
imperador transformou os latifundiários em acionistas da modernização.
Em 50 anos, o Japão saiu do feudalismo para a industrialização, sendo a
lealdade feudal transferida para a relação patrão-empregado. Essa lealdade
impede que o Japão demita em massa, até hoje, pois quebra
lealdade; também porque as empresas investem muito no funcionário: demiti-lo
representa uma perda de investimento.
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I GUERRA MUNDIAL – 1914-1919
I GUERRA MUNDIAL – 1914-1919
A primeira Guerra Mundial
foi um conflito em larga escala, marcado pelo acirramento das tensões
econômicas, políticas e sociais na Europa durante o final do século XIX e
início do século XX: um choque de
imperialismos, diretamente relacionado à corrida neocolonial, provocada
neste período, pelas potências capitalistas.
O processo de partilha das
terras afro-asiáticas ocorreu de forma desigual, favorecendo a França e a
Inglaterra. A Itália e a Alemanha entravam atrasadas nesse processo, pois suas
unificações demoraram a acontecer. Quando a Alemanha e a Itália passaram a ter
condições de colonizar territórios afro-asiáticos, a França e a Inglaterra já
haviam ocupado praticamente todo esse território. O resultado foi um cenário
político de um intenso jogo de forças entre os países possuidores de grandes
impérios coloniais e aqueles menos favorecidos, neste sentido.
Fatores da situação
conflituosa
Disputa
colonial – Buscando novos mercados para a venda de seus produtos,
os países industrializados entravam em choque por colônias na África e na Ásia;
Concorrência
econômica – Todas as potências industriais dificultavam a expansão
econômica do país concorrente. (Principalmente Inglaterra X Alemanha);
Disputa
nacionalista – Surgiram na Europa movimentos nacionalistas, que pretendiam agrupar os povos de raízes
culturais semelhantes, formando um mesmo
Estado. O nacionalismo exacerbado provocava um forte desejo de expansão
territorial.
Principais
Movimentos Nacionalistas
Pan-eslavismo: Liderado
pelo Império Russo, pregava a união de todos os povos eslavos da Europa
Oriental, principalmente aqueles que se encontravam dentro do Império
Austro-Húngaro, notadamente na região dos Bálcãs.
Pan-germanismo: Liderado pela Alemanha, pregava a união de todos os povos
de cultura germânica da Europa Central, sob sua liderança.
Revanchismo
Francês: era consequência da guerra franco-prussiana em 1870,
quando a França perdeu os territórios da Alsácia-Lorena (região rica em ferro e
carvão) para os alemães. Esse território voltou para o domínio francês somente
após o término da I Guerra Mundial.
Paz
Armada
Diante de todas essas
situações conflituosas, a Europa passou a ser um “barril de pólvora”. Diante de
uma eminente guerra, iniciou-se o período em que as principais potências viveram
uma corrida armamentista, estimulando a produção de armas e fortalecendo seus
exércitos – a paz armada.
Política
de Alianças
Foi no cenário tenso da “paz
armada” que as grandes potências firmaram tratados de alianças, no intuito de
somar forças para enfrentar a potência rival. Dois blocos foram formados:
Tríplice Entente:
Inglaterra, França e Rússia
Durante a “segunda fase” da guerra (guerra de
trincheiras), a Itália abandonou a Tríplice Aliança e aliou-se à Tríplice
Entente, em troca da promessa de territórios na Península Balcânica (França).
A
Rússia abandona a guerra na “terceira fase” do conflito, diante da Revolução
Russa. Nessa mesma fase, os EUA entram nos campos de batalha europeus.
Principais conflitos que
antecederam a Grande Guerra
Crise do Marrocos: Entre 1905 e 1911,
França e Alemanha quase chegaram à guerra, por causa da disputa da região do
Marrocos, no norte da África. Em 1906, foi convocada uma Conferência Internacional,
na cidade espanhola de Algeciras, com o objetivo resolver as disputas entre
franceses e alemães. Essa conferência deliberou que a França teria supremacia
sobre o Marrocos, enquanto à Alemanha caberia uma pequena faixa de terras no
sudoeste africano. A Alemanha não se conformou com a decisão desfavorável e, em
1911, surgiram novos conflitos com a França pela disputa da África. Para evitar
a guerra, a França concedeu à Alemanha uma considerável parte do Congo francês.
Crise
balcânica: No continente europeu, um dos principais
focos de atrito entre as potências era a Península Balcânica, onde o
enfraquecimento do Império Otomano cedeu lugar ao nacionalismo da Sérvia e ao
expansionismo da Áustria-Hungria. Em 1908, a Áustria anexou a região da
Bósnia-Herzegovina, ferindo aos interesses da Sérvia, que pretendia incorporar
aquelas regiões habitadas por eslavos e criar a Grande Sérvia. Por último, duas
guerras na região, em 1912 e 1913, acirraram mais ainda os ânimos naquela área.
Os movimentos nacionalistas da Sérvia passaram a reagir violentamente contra a
anexação austríaca da Bósnia-Herzegovina. Foi um incidente ligado ao movimento
nacionalista sérvio que serviu de estopim para o inicio da guerra.
O estopim
Dentre os grupos
nacionalistas sérvios existia um, chamado "Mão Negra". Fazia parte
desse grupo um indivíduo chamado Gavrilo Princip, e foi ele quem assassinou
Francisco Ferdinando, príncipe herdeiro do império austro-húngaro, durante sua
visita a Saravejo (Bósnia-Herzegovina). O império austro-húngaro não aceitou as
medidas tomadas pela Sérvia com relação ao crime e, no dia 28 de julho de 1914,
declarou guerra à Servia.
A Sérvia tinha um acordo
sigiloso de apoio da Tríplice Entente. Quando a Sérvia foi invadida, a Tríplice
Entente ( ver países participantes) foi em seu socorro.
Passos iniciais
28
de julho: O Império Austro-Húngaro declara guerra à Sérvia;
29
de julho: Em apoio à Sérvia, a Rússia mobiliza seus exércitos
contra o Império Austro-Húngaro e contra a Alemanha;
1º
de agosto: A Alemanha declara guerra à Rússia;
3
de agosto: A Alemanha declara guerra à França. Para atingi-la, mobiliza
seus exércitos e invade a Bélgica, que era um país neutro;
4
de Agosto: A Inglaterra exige que a Alemanha respeite a
neutralidade da Bélgica. Como isso não ocorre, declara guerra à Alemanha.
Fases
da Guerra
Primeira
fase (1914-1915): Essa fase foi marcada pela imensa
movimentação dos exércitos beligerantes. Ocorreu uma rápida ofensiva das forças
alemãs, e várias batalhas foram travadas, principalmente em território francês,
para deter esse avanço. Em setembro de 1914, uma contraofensiva francesa deteve
o avanço alemão sobre Paris (Batalha do Marne). A partir desse momento, a luta
na frente ocidental entrou num período de equilíbrio entre as forças em
combate.
Segunda
Fase (1915-1916): Na frente ocidental,
essa fase foi marcada pela guerra de trincheiras: os exércitos defendiam
suas posições utilizando-se de uma extensa rede de trincheiras que eles
próprios cavavam. Enquanto isso, na frente oriental, o exército alemão
impunha sucessivas derrotas ao exército russo, mal treinado e mal armado. Apesar
disso, a Alemanha não teve fôlego para conquistar a Rússia. Em 1915, a Itália,
que até então se mantivera neutra, traiu a aliança que fizera com a Alemanha e
entrou na guerra ao lado da Tríplice Entente. O conflito foi se alastrando e
tornou-se cada vez mais trágico. Novas
armas, como o canhão de tiro rápido, o gás venenoso, o lança-chamas, o
avião e o submarino, faziam um número crescente de vítimas.
Terceira
fase (1917-1918): Em 1917, ocorreram dois fatos decisivos
para o desfecho da guerra: a entrada dos Estados Unidos no conflito e a saída
da Rússia.
Os Estados Unidos entraram
na guerra ao lado da Inglaterra e da França.
Alegaram terem interceptado um telegrama da Alemanha para o Ministério
de Relações Exteriores do México, que falava da invasão dos EUA (Telegrama
Zimmermann, depois descoberto que era falso). Esse apoio tem uma explicação
simples: os americanos tinham feito grandes investimentos nesses países e queriam
assegurar o seu retorno financeiro.
Outras nações também se
envolveram na guerra. Turquia e Bulgária juntaram-se à Tríplice Aliança,
enquanto Japão, Portugal, Romênia, Grécia, Brasil, Canadá e Argentina
colocaram-se ao lado da Entente.
A Rússia saiu da Guerra
devido à Revolução Socialista, ocorrida em seu território, no final de 1917.
A partir de julho de 1918,
ingleses, franceses e americanos organizaram uma grande ofensiva contra seus
oponentes. Sucessivamente, a Bulgária, a Turquia e o Império Austro-Húngaro
depuseram armas e abandonaram a luta.
A Alemanha ficara sozinha e sentindo
a iminência da derrota militar, as forças políticas de oposição provocaram a
abdicação do imperador Guilherme II. Imediatamente, foi proclamada a República
alemã, com sede na cidade de Weimar, liderada pelo Partido Social Democrata. Em
11 de novembro de 1918, a Alemanha assinou uma convenção de paz em condições
bastante desvantajosas.
Tratado
de Versalhes
No período de 1919 a 1929,
realizou-se no Palácio de Versalhes, na França, uma série de conferências, com a
participação de 27 estados nações vencedoras da Primeira Guerra Mundial.
Lideradas pelos representantes dos Estados Unidos, da Inglaterra e da França,
essas nações estabeleceram um conjunto de decisões, que impunham duras
condições à Alemanha.
Ø Entregar
a região da Alsácia-Lorena à França.
Ø Ceder
outras regiões à Bélgica, à Dinamarca e à Polônia.
Ø Entregar
quase todos os seus navios mercantes à França, Inglaterra e Bélgica.
Ø Pagar
uma enorme indenização em dinheiro aos países vencedores.
Ø Reduzir
o poderio militar dos seus exércitos, sendo proibida de possuir aviação
militar.
Esse conjunto de decisões humilhantes, impostas à Alemanha, provocou a
reação das forças políticas germânicas que se organizaram no país, no
pós-guerra. Formou-se, assim, uma vontade nacional alemã, que
reivindicava a revogação das duras imposições do Tratado de Versalhes. O
nazismo soube explorar muito bem essa "vontade nacional alemã",
gerando um clima ideológico para fomentar a Segunda Guerra Mundial (1939 –
1945).
A
Liga das Nações
Em 28 de abril de 1919, a
Conferência de Paz de Versalhes aprovou a criação da Liga das Nações (ou
Sociedade das Nações), atendendo proposta do presidente dos Estados Unidos.
Tinha como missão agir como mediadora no caso de conflitos internacionais,
procurando, assim, preservar a paz mundial.
A Liga das Nações logo se
revelou uma entidade sem força política, devido à ausência das grandes
potências. O Senado americano vetou a participação dos Estados Unidos na Liga,
pois discordava da posição fiscalizadora dessa entidade em relação ao
cumprimento dos tratados internacionais firmados no pós-guerra. A Alemanha não
pertencia à Liga e a União Soviética foi excluída.
Ascensão
dos EUA
A crise que a Europa herdou
da Primeira Guerra Mundial veio beneficiar aos Estados Unidos, que despontaram,
nos anos pós-guerra, com uma das mais poderosas potências mundiais.
Um dos grandes fatores que
colaboraram para a ascensão econômica dos Estados Unidos foi a sua posição de
neutralidade durante boa parte da Primeira Guerra Mundial. Assim, puderam
desenvolver sua produção agrícola e industrial, fornecendo seus produtos às
potências europeias envolvidas no conflito.
Por outro lado, enquanto as
potências europeias estavam compenetradas no esforço de guerra, os Estados
Unidos aproveitaram-se para suprir outros mercados mundiais, na Ásia e na
América Latina. Terminada a Guerra, a Europa arrasada tornou-se um grande
mercado dependente de exportações americanas. Possuindo aproximadamente a
metade de todo o ouro que circulava nos mercados financeiros mundiais, os
Estados Unidos projetavam-se como maior potência financeira mundial do
pós-guerra.
Consequências Gerais da I Guerra
Mundial.
Ø Revolução
Russa.
Ø Nazifacismo.
Ø Crise
de 1929.
Ø II
Guerra Mundial.
Participação do Brasil na
Primeira Guerra Mundial
A
Primeira Guerra Mundial (1914-1918) envolveu a participação de muitos países e
o Brasil não ficou de fora deste contexto.
Nos
três primeiros anos da guerra, o Brasil permaneceu neutro. Porém, em 5 de abril
de 1917, um submarino alemão atacou um navio brasileiro (o vapor Paraná, da
Marinha Mercante), carregado de café. Neste ataque, próximo ao litoral francês,
três brasileiros foram mortos. Em 20 de maio, outro navio brasileiro (o Tijuca),
navegando em águas francesas, foi torpedeado por um submarino alemão. Estes
fatos foram o estopim para a entrada do Brasil no conflito.
O
Brasil declarou guerra aos países da Tríplice Aliança (Alemanha e Império
Austro-Húngaro) em 1 de junho de1917. Não enviou soldados para os campos de
batalha na Europa, nenhum militar brasileiro foi morto durante o conflito
armado mundial.
O
Brasil participou enviando medicamentos e equipes de assistência médica para
ajudar os feridos da Tríplice Entente (Reino Unido, França, Rússia e Estados
Unidos).Também participou realizando missões de patrulhamento no Oceano
Atlântico, utilizando embarcações militares.
Os benefícios da Primeira
Guerra para a economia brasileira
Durante
os quatro anos da Primeira Guerra, os países europeus envolvidos no conflito
voltaram a produção de suas indústrias para a fabricação de armamentos e
equipamentos para os soldados. Por isso, Brasil ficou sem opções para importar
produtos manufaturados da Europa. Ricos cafeicultores brasileiros, aproveitaram
o momento e investiram seu capital acumulado na indústria, favorecendo assim a industrialização
do Brasil.
O
Brasil também lucrou muito exportando matérias-primas para os países em guerra,
principalmente, a borracha. Também exportou muitos produtos agrícolas (café,
cacau e açúcar).
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REVOLUÇÃO RUSSA - 1917
Características da Rússia antes da Revolução
de 1917:
Ø Monarquia
absolutista – Czarismo (equivalia ao absolutismo francês, do século XVIII) -
era governada pelo czar
Ø A servidão
só tinha sido abolida em 1860.
Ø A burguesia
era fraca.
Ø A
Rússia era um país agrário.
Ø A Industrialização
era apoiada em capitais estrangeiros.
Partidos do início do século
XX
KD
– constitucional democrático – burgueses
PSD
– partido social democrático (clandestino) – Eram
comunistas, divididos entre Mencheviques (minoria evolucionista,
liderados por Kerensky e Martov – marxismo ortodoxo) e Bolcheviques
(maioria revolucionária, liderados por Lênin, Trotsky e, em segundo plano, por
Stálin – marxismo leninista).
Para Marx, o ideólogo do
comunismo, a revolução só era possível após o país atingir o auge do
capitalismo (imperialismo). Para Lênin não era preciso chegar ao auge, bastava
fazer a revolução e depois fazer as mudanças necessárias para desenvolver o
país.
Para Lênin, a chave para
esse desenvolvimento e para a revolução eram os sovietes (assembleias
populares). Nos sovietes, qualquer pessoa podia ter a palavra; neles é que eram
tomadas as decisões e podiam ocorrer em qualquer local, desde que fossem
concêntricos – mesma base: o soviete da
rua submetia-se ao do bairro, que por sua vez submetia-se ao da cidade e, assim,
sucessivamente).
Revolução de 1905
A Rússia entrou em guerra
com o Japão por causa da Península da Manchúria e foi derrotada. A derrota para
o Japão aumentou o clima de insatisfação do povo russo, além disso, a guerra
gerou uma alta dos preços de alimentos que, somados ao racionamento de energia
e aos baixos salários, fez com que o povo se rebelasse.
Um grande movimento em São
Petersburgo deslocou-se até o Palácio de Inverno para entregar uma carta ao
Czar pedindo reformas. O Czar Nicolau II mandou fuzilar os manifestantes,
inclusive mulheres e crianças. Esse episódio ficou conhecido com Domingo
Sangrento e deu ânimo à Revolução. Greves e revoltas estouram em várias partes
da Rússia e foi então que o Czar tomou a decisão de abrandar o regime. Uma
assembleia constituinte foi convocada (a conhecida DUMA), a Revolução esfriou e
Lênin fugiu para a Suíça. A Revolução de
1905, que na verdade não ocorreu, ficou conhecida como O Grande Ensaio.
Com a entrada da Rússia na I
Guerra Mundial, em 1914, a oportunidade para a Revolução se tornou possível
Revolução burguesa de
fevereiro de 1917
No ano de 1917, todos os
antagonismos (diferenças) de classe se voltaram para um objetivo comum:
derrubar o poder absolutista do Czar Nicolau II: trabalhadores das indústrias,
camponeses e soldados russos se voltaram contra o czar, tirando-o do poder.
Feito isso, instalou-se um governo provisório republicano formado por liberais
e progressistas, que constituíam as bases do partido menchevique (Kerenski).
Seu principal objetivo: transformar a Rússia em uma República parlamentarista
democrática.
Os planos de Kerenski
(menchevique) foram executados, mas sua visão divergia dos marxistas revolucionários.
Para Kerenski, seria necessário primeiramente o desenvolvimento das forças
produtivas (indústrias russas) como uma etapa fundamental para se chegar a uma
revolução burguesa, para depois se alcançar o socialismo. Kerenski governou sem
atender às reivindicações da sociedade, não retirou a Rússia da guerra, nem
resolveu o problema da fome e da miséria da população, com crescente
impopularidade.
Os trabalhadores e
camponeses, juntamente com o partido bolchevique, organizaram os sovietes
(Conselhos de operários, camponeses e soldados) para derrubar os Mencheviques
do poder. Em julho de 1917, começavam os primeiros confrontos entre policiais e
grevistas. Em outubro de 1917, os bolcheviques derrubaram Kerenski do poder e instauraram
a Revolução Socialista na Rússia.
Revolução bolchevique de outubro de 1917
Lênin e outros bolcheviques
começam uma mobilização popular, defendendo a saída da Rússia da guerra e
ganhando forças para a derrubada do governo burguês, com o lema: “PAZ, TERRA E
PÃO” e “TODO PODER AOS SOVIETES”.
Os bolcheviques, liderados
por Lênin, organizaram uma nova revolução que ocorreu em outubro de 1917. Lênin
assumiu o governo da Rússia e implantou o socialismo. As terras foram
redistribuídas para os trabalhadores do campo, os bancos foram nacionalizados e
as fábricas passaram para as mãos dos trabalhadores.
Lênin também retirou seu país da Primeira Guerra Mundial no ano de 1918. Foi instalado o partido único: o Partido Comunista.
Lênin também retirou seu país da Primeira Guerra Mundial no ano de 1918. Foi instalado o partido único: o Partido Comunista.
Guerra Civil na Rússia
Com a insatisfação de
alguns, logo começa uma guerra civil na Rússia. De um lado o Exército Branco,
formado por mencheviques, burgueses e monarcas. Do outro lado, o Exército
Vermelho, sob a liderança de Trótsky, para defender o comunismo. Enquanto Trótsky
treinava o Exército Vermelho, Lênin cuidava da implantação do socialismo no
Estado Russo.
NEP (Nova Política
Econômica) – “um passo atrás, para das dois à frente”
Em meio à guerra civil e à
reação burguesa, Lênin promulga a NEP, permitindo estruturas capitalistas em
pequena escala. A ideia era acumular capital para depois implantar o
socialismo. A NEP funcionou bem na cidade, mas no campo havia o problema dos
atravessadores. Quando Lênin ia reestruturar a NEP sofreu dois derrames em um
ano e morreu (1924). Antes, porém, em 1923 era criada a URSS - União das Repúblicas Socialistas Soviéticas.
A disputa pela sucessão
Com a morte de Lênin, surge
dentro do Partido Comunista um conflito ideológico entre Trótsky e Stálin.
Trótsky defendia a “revolução permanente” significando que a Revolução
Socialista, ocorrida na Rússia, deveria ter continuidade em outros países, até
que o capitalismo fosse vencido. Stálin defendia a “revolução em um só país”,
ou seja, o socialismo deveria ser primeiramente consolidado em um país e
somente depois expandido para outros países. Stálin saiu vitorioso e passou a
perseguir Trótsky, que foi exilado e, em
1929 é assassinado no México, por um agente secreto russo, a mando de Stálin.
Planos Quinquenais
Stálin propõe que, de 5 em 5
anos, um setor seja priorizado. Os dois primeiros foram um sucesso e auxiliaram
a URSS a escapar da Crise de 1929. No entanto, a II Guerra Mundial esfriou os
planos soviéticos.
Com a morte de Stálin, em
1953, o Presidente Nikita Krushev tentou retomar o desenvolvimento da URSS, mas
a maioria do Partido Comunista preferiu investir na Guerra Fria (EUA X URSS),
pondo fim ao modelo stalinista.
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CRISE
DE 1929
A crise de 1929 foi o
colapso do modelo liberal clássico de Adam Smith (livre iniciativa,
livre comércio, livre concorrência e não intervenção do Estado na economia).
Com a I Guerra Mundial,
houve o deslocamento do eixo financeiro, de Londres para Nova Iorque. Em 1919,
os EUA haviam se tornado primeira potencia econômica, porém não fizeram nenhum
plano de ajuda para a Europa. Com isso, houve desvalorização das moedas
europeias frente ao dólar, queda nas exportações dos EUA para a Europa e os
salários nos EUA subiram menos que o lucro das empresas, criando a
especulação nas bolsas de valores (alta artificial dos preços das ações).
American
way of life (estilo de vida americano)
Houve estimulo ao consumo,
através de financiamentos e crediários. Se as mercadorias são bem vendidas, as
ações da empresa sobem; portanto, crediário e financiamento criavam
uma supervalorização das ações, gerando a especulação nas bolsas de valores. Durante a década de 1920, ocorreu um lento
aumento dos estoques, pois boa parte dos produtos eram bens duráveis
(geladeira, fogão, máquina de lavar, etc.). Quando os estoques ficaram lotados,
devido à superprodução, ocorreu a crise.
Crack (quebra) da bolsa de
Nova Iorque:
A crise de superprodução
teve como um de seus grandes marcos o dia 24 de outubro de 1929, conhecido como
quinta-feira negra, dia da quebra da Bolsa de Valores de Nova Iorque,
que representava o grande termômetro econômico do mundo capitalista. As ações
das grandes empresas sofreram uma queda vertiginosa, perdendo quase todo o seu
valor financeiro.
As empresas foram forçadas a
reduzir o ritmo de sua produção. Em função disso, promoveram a demissão em
massa de seus funcionários, o que levou a um efeito multiplicador (falta de
liquidez = demissão = menos poder de compra = aumento das falências). Terminava
o sonho do american way of life. Durante a crise somou-se 15 milhões de
desempregados. O crack da Bolsa de Valores de Nova Iorque abalou o mundo
inteiro. Os Estados Unidos, não podendo vender, também deixaram de comprar. Isso
afetou também o Brasil, que dependia das exportações de café para os Estados
Unidos. Com a crise de 1929, grande parte do volumoso estoque de café produzido
no Brasil ficou sem mercado consumidor. O Brasil não conseguiu conter o
desastre econômico que abalou a classe cafeicultora, e por consequência abalou
as próprias estruturas políticas da República Velha, abrindo caminho para a
Revolução de 1930, que levaria Getúlio Vargas ao poder. O auge da crise ocorreu em 1933, quando
muitos países entraram em depressão (redução drástica: cerca de 10% do PIB //
prolongada recessão: três ou quatro anos).
New
Deal: a reação à crise
Em 1932 - Franklin Delano
Roosevelt foi eleito presidente dos EUA. Nos primeiros anos de seu governo, os
Estados Unidos adotaram o New Deal
(nova distribuição), um conjunto de medidas destinadas à superação da crise. O
New Deal foi inspirado nas ideias do inglês John Keynes (intervenção do Estado
na economia), modelo que foi mantido até 1973, quando ocorreu a primeira crise
do Petróleo.
Principais
medidas adotadas pela política econômica do New Deal:
Ø Controle
governamental dos preços de diversos produtos industriais e agrícolas.
Ø Concessão
de empréstimos aos proprietários agrícolas.
Ø Realização
de um grande programa de obras públicas.
Ø Criação
de um seguro-desemprego.
Ø Recuperação
industrial.
O avanço dos regimes
totalitários
Em diversos países europeus,
a crise do capitalismo provocou efeitos desastrosos: aumento do
desemprego, elevação dos preços, redução do poder aquisitivo e desorganização
da produção econômica.
Os setores mais explorados
da população passaram a reclamar soluções sociais, que melhorassem suas
condições de vida. Os regimes democráticos revelaram-se incapazes de solucionar
os grandes problemas socioeconômicos da época.
Outro importante fator que
promoveu o recuo do liberalismo: medo da expansão dos movimentos socialistas
(ex: Revolução Russa); este medo foi alimentado pelas classes dominantes.
Os partidos de orientação marxista
(Karl Max), representavam uma terrível ameaça aos interesses dos grandes
banqueiros e industriais. Por isso, estes apoiaram a ascensão de regimes
totalitários, que prometiam estabelecer a ordem e a disciplina social.
Exemplos: o desenvolvimento do fascismo, na Itália e do nazismo, na
Alemanha.
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TOTALITARISMO:
FACISMO E NAZISMO
Definição
Totalitarismo é a
forma de governo na qual os dirigentes da nação detêm o total controle sobre os
direitos das pessoas, em proveito da razão de Estado. No totalitarismo só um
partido político é permitido, chefiado por um líder absoluto, que se mantém no
poder usando a força e a violência. A liberdade de religião não existe, sindicatos
livres também são ilegais. O partido político determina as diretrizes
econômicas que o país vai seguir. O governo exerce total controle sobre os
meios de comunicação e, em geral, elimina as escolas particulares, forçando as
escolas públicas a ensinar de acordo com a linha do partido.
Desenvolvimento
A Crise de 1929 criou um colapso econômico e
também um caso político muito delicado. Após a Revolução Comunista, na Rússia,
Lenin havia criou a 3ª Internacional Comunista. Os partidos comunistas
tinham o ideal de acabar com o capitalismo no mundo.
Esses fatores, aliados à crise econômica na Europa, fizeram
com que surgissem, em 1919:
Partido Nacional Facista (na Itália -
líder Benito Mussolini);
Partido Nacional Socialista dos
Trabalhadores da Alemanha (Nazista - contração do termo alemão “Nationalsozialist”
– Líder: Adolf Hitler).
Estes partidos se opunham ao comunismo
(representado pelo Partido Comunista Soviético - primeiro regime totalitário
moderno) e à democracia.
Características fundamentais
Ø Anticomunismo: forte perseguição aos comunistas e profunda ligação com grupos capitalistas. "Comunista bom é comunista morto".
Ø Anticomunismo: forte perseguição aos comunistas e profunda ligação com grupos capitalistas. "Comunista bom é comunista morto".
Ø Nacionalismo
xenófobo: tudo o que é estrangeiro não presta e deve ser rejeitado.
Ø Antiliberalismo: censura, regulamentação da
economia pelo estado, limitação da liberdade individual, etc.
Ø Prática
do terror: usavam da violência para se impor perante a população.
Ø Organização
militarista: os facistas, na Itália e os nazistas, na Alemanha,
eram identificados pelos seus uniformes (o que tira a identidade individual e cria
uma mentalidade única). Nos partidos havia patentes (graus de poder) e eles
funcionavam como grupos paramilitares (organizam-se como militares, mas
não faziam parte do Estado). Assim, conseguiam organizar o terror.
Ø Tropas de combate Nazismo SA - sessões de assalto
SS - sessões
de segurança (tropa de elite)
Facismo Brigadas - fasci di combatimenti
Ø Repressão:
contra esquerdistas, liberais e democratas. Utilizavam a crise para dizer que o
legislativo não servia para nada; a burguesia começa a ver neles uma proteção
contra o comunismo. As pessoas votavam neles por simpatia ou medo.
Diferenças
Os
alemães foram além do nacionalismo xenófobo e criaram a segregação racial, contra negros, homossexuais, judeus, ciganos,
testemunhas de Jeová, espíritas e outras minorias.
Porque
os judeus?
O
povo judeu era fácil de perseguir, pois o preconceito contra eles existia desde
a antiguidade, por serem considerados os culpados pela crucificação de Cristo.
Além disso, os judeus não tinham um Estado para defendê-los (o Estado de Israel
só foi criado após a II Guerra Mundial). Também foi feita uma "lavagem
cerebral" que culpava os judeus pela crise econômica. Se um dos quatro
avós fosse judeu, o indivíduo era judeu, portanto, era perseguido.
Formas de atuação
Itália:
corporativismo,
um único sindicato por categoria, dele faziam parte patrão e empregado, ou seja,
a luta de classes não podia existir.
Alemanha: Hitler
utilizou o marketing político. Joseph Goebbels, braço direito da propaganda de
Hitler, foi o primeiro "marketeiro" político). Através de filmes,
novelas de radio, jornais, etc transformou o judeu em vilão e aumentou a
popularidade do nazismo e de Hitler. O nazismo foi o
primeiro regime a controlar as comunicações de massa.
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II
GUERRA MUNDIAL (1939-1945)
Antecedentes
Década de 1930:
Ø Depressão
provocada pela crise de 1929
Ø New
Deal nos EUA
Ø Marcos
compensados – Alemanha: a dívida da I Guerra Mundial foi paga com produtos. Esses
produtos eram pagos às indústrias pelo Estado.
Polarização política:
Nazifacismo X Frentes
populares
Anti-democráticos Liberais, democratas,
1933
– Hitler no poder socialistas, comunistas
1922 – Mussolini no poder
Adolf
Hitler - Expansionismo –
política do espaço vital (expansão nazista)
Itália: 1935 – Etiópia
(África)
1939 – Albânia (Europa)
Alemanha: 1938
- Anscchluss (anexação da Áustria) –
plebiscito forçado e vencido através do terror.
- Questão dos Sudetos: pequena região da
Tchecoslováquia, que antes da I Guerra Mundial pertencia a Áustria (reclamada
por Hitler, que alegava haver mais povos de fala alemã do que falantes eslavos,
na região).
- Durante a Conferencia de Munique, França e Inglaterra permitiram a invasão da
Tchecoslováquia pela Alemanha (política
do apaziguamento), desde que não se avançasse mais nada, na Europa.
- Hitler invadiu o resto da Tchecoslováquia
(por volta da metade do que hoje é a República Tcheca) e voltou-se para a
Polônia.
Guerra
Civil Espanhola (1936-1939):
Republicanos X Falange
(esquerda - socialista)
(direita - capitalista)
Vitória dos
republicanos da frente popular nas eleições (entre os quais. estavam os
anarquistas, que, ao assumirem o governo, invadiram terras e ocuparam
fábricas).
Reação da Falange: liderados pelo general
Francisco Franco, tentaram um golpe contra os republicanos. A Alemanha e a
Itália deram apoio ao general Franco, na Espanha. A União Soviética apoiou o
governo existente. Ambos os lados usaram a guerra como uma oportunidade para
testar armas e táticas melhores.
Convocação das Brigadas
Internacionais:
todos que tivessem no mundo o desejo de brigar pela democracia espanhola eram
bem vindos (problemas de comunicação, devido às diferentes línguas,
atrapalharam a organização).
Vitória do general
Franco que implantou uma ditadura de 40 anos na Espanha (de 1936 até 1976).
O Bombardeio de
Guernica: uma cidade que tinha
entre 5000 e 7000 habitantes era a última capital dos republicanos. Foi
considerado um ataque terrível, na época, e usado como uma propaganda
amplamente difundida no Ocidente, levando a acusações de "atentado
terrorista" e de que 1.654 pessoas tinham morrido no ataque. Na realidade,
o ataque foi uma operação tática contra uma cidade com importantes comunicações
militares próximas à linha de frente e as estimativas modernas não rendem mais
de 300-400 mortos, no fim do ataque.
A
II Guerra Mundial
Eixo X Aliados
Roma (Itália)
França
Berlim
(Alemanha) Inglaterra
Tóquio (Japão) URSS
EUA
Sonho nazista: dominar o Atlântico e
o Mediterrâneo para chegar ao Mar Cáspio.
01/09/1939 –
Ataque nazista à Polônia (marco inicial da Guerra).
Blitz Krieg (Guerra Relâmpago): Tática
em que os alemães, com precisão de cronômetro, atacavam com bombardeios aéreos,
seguidos de artilharia pesada e, logo após, invasão terrestre com infantaria
blindada e infantaria leve. Usavam a tática por saberem que eram em menor
número, portanto, tinham de ser superiores, taticamente. Dessa forma, em mais
ou menos um ano, os alemães dominaram a França e todo o Atlântico, faltando
apenas a Inglaterra.
Resistência francesa: apoio inglês – coronel
Charles de Gaulle – ataques terroristas.
Batalha da Inglaterra: Aérea – bombardeios
diários, sempre que o tempo colaborava, pois não voavam com instrumentos, só
com visual.
RAF (Royal Air Force) X Luftwaffe (Força Aérea Nazista)
As batalhas levaram à destruição total das
cidades, com grande número de mortos.
Norte da África – Afrika Korps: a melhor
divisão alemã, com o comando do general Erwin von Rommell, que depois foi morto
com uma injeção letal, após um ataque contra Hitler. O objetivo era tomar e
dominar o Canal de Suez para, assim, chegar ao Oriente Médio, já que tinham as
melhores máquinas, mas não tinham petróleo, seus melhores tanques (Panzer)
faziam 1 km por litro de combustível. Não conseguiram dominar tudo porque deixaram
o Egito, indo para a Itália, o que foi um vexame, pois os italianos não tinham
jurado fidelidade ao fascismo e se entregam aos ingleses.
1941 – Operação Barba Ruiva: invasão nazista na
URSS (Leningrado, Moscou e Stalingrado, para chegar ao Mar Cáspio em busca de
petróleo).
07/12/1941 – Ataque japonês à Pearl
Harbor (Havaí): era
uma resposta ao embargo americano para o fornecimento de petróleo ao Japão. Os
alemães acreditavam que os EUA fossem declarar guerra apenas ao Japão, porém a
guerra foi declarada ao Eixo, iniciando sua ofensiva no norte da África.
1942: Equilíbrio – Hitler
mantém as posições, mas estava ficando cercado na URSS e no norte da África.
1943 – Primeiras derrotas do Eixo:
- Stalingrado (URSS).
- Norte da África.
1943 – Conferência de Teerã:
- países libertados deveriam ser
transformados em democracias.
- Inglaterra e EUA – ataques no Mediterrâneo,
Atlântico e Pacífico.
- URSS – leste europeu.
1944 Operação Overlord (DIA D) - Invasão das praias da
Normandia, na França, pelas tropas inglesas e americanas.
Maio/1945: Rendição alemã com achegada
da URSS à Berlim. Oficialmente Hitler se suicidou, após matar Eva Brown, sua
companheira. Depois, seu motorista ateou fogo aos corpos, por isso, nunca foram
encontrados.
Agosto/1945: Rendição japonesa após duas
bombas atômicas jogadas sobre as cidades de Hiroshima em 06/08 (“litle boy”) e em 09/08 em Nagasaki (“fat man”), que causaram por volta de 140 mil mortos em
segundos (desintegração dos corpos).
Consequências
da ii Guerra Mundial
Ø Esmagamento
do Império alemão, italiano e japonês.
Ø Enfraquecimento
do imperialismo francês e britânico.
Ø Ascensão
dos Estados Unidos como potência imperialista hegemônica no mundo.
Ø Ascensão
da URSS como potência militar dominante na Europa Oriental.
Ø Ascensão
dos movimentos de libertação nacional, nos países explorados pelo colonialismo europeu.
Ø A
redefinição da ordem mundial, em favor das superpotências.
Ø Declínio
da influência política, econômica e mesmo cultural da Europa.
Ø A
fundação da ONU, Organização das Nações Unidas.
Ø Guerra
Fria
Participação
brasileira na II Guerra Mundial
Durante o Estado Novo (1937
– 1945), o governo brasileiro esteve sob regime ditatorial (ditadura), tendo
como presidente Getúlio Vargas. Nesse mesmo período, as grandes potências
mundiais entraram em confronto na II Guerra.
A situação do Brasil se
mostrava completamente indefinida. Ao mesmo tempo em que Vargas contraía
empréstimos com os Estados Unidos, comandava o governo brasileiro de modo
próximo aos dos países dominados pelo totalitarismo nazifascista. Dessa
maneira, as autoridades norte-americanas viam com preocupação a possibilidade
de o Brasil apoiar os nazistas, cedendo pontos estratégicos que poderiam, por
exemplo, garantir a vitória do Eixo no continente africano.
A preocupação
norte-americana, em pouco tempo, proporcionou a Getúlio Vargas a liberação de
um empréstimo de 20 milhões de dólares para a construção da Usina de Volta
Redonda. Quando os Estados Unidos entraram nos campos de batalha da II Guerra,
o Brasil foi pressionado politicamente
para que entrasse com suas tropas junto aos Aliados. Pouco tempo depois, o
afundamento de navegações brasileiras por submarinos alemães gerou vários
protestos contra as forças nazistas.
Dessa maneira, Getúlio
Vargas declarou guerra contra os italianos e alemães em agosto de 1942.
Politicamente, o país buscava ampliar seu prestígio junto ao EUA e reforçar sua
aliança política com os militares. No ano de 1943, foi organizada a Força Expedicionária Brasileira (FEB),
destacamento militar que lutaria na II Guerra Mundial. Quase um ano depois,
as tropas começaram a ser enviadas, inclusive com o auxílio da Força Aérea
Brasileira (FAB).
A principal ação militar
brasileira aconteceu principalmente na Campanha da Itália, onde os brasileiros
foram para o combate, ao lado das forças estadunidenses. Nesse breve período de
tempo, mais de 25 mil soldados brasileiros foram enviados para a Europa. Apesar
de entrarem em conflito com forças nazistas de segunda linha, o desempenho da
FEB e da FAB foi considerado satisfatório, com a perda de 943 homens.
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GUERRA FRIA
GUERRA FRIA
Foi um conflito indireto
entre as duas superpotências do pós II Guerra Mundial (EUA e URSS), ficando
muito mais no plano ideológico, já que ambas tinham medo de que um conflito
armado direto, evoluísse para uma guerra atômica.
Conferência
de Yalta (fevereiro/1945):
- Reconhecimento da influência soviética
sobre o Leste europeu.
- Divisão da Alemanha em duas partes: Ocidental
(República Federal da Alemanha - capitalista) e Oriental (República
Democrática da Alemanha – socialista).
Conferência
de Potsdam (julho/1945):
- Desnazificação da Alemanha - qualquer
pessoa que tivesse identificação com o nazismo não poderia exercer cargos
públicos; todos os símbolos nazistas são banidos.
- Formação do Tribunal de Nuremberg –
julgamento de crimes de guerra.
Após a II Guerra Mundial, as
potências europeias estavam destruídas, abrindo espaço definitivo para que o
mundo se dividisse em dois blocos econômicos, um de influência estadunidense
(capitalista) e outro de influência soviética (socialista). Formava-se um Mundo Bipolar.
Após os países europeus
terem lutado contra a ditadura nazifascista, manter suas Colônias era uma
contradição. A criação da ONU, em 1945, com o objetivo de manter a paz
também favorecia a igualdade entre os países.
O
Muro de Berlim
Além da divisão da Alemanha
em duas, a cidade de Berlim, capital alemã, também foi dividida entre os dois
blocos. A intensa migração de alemães para o lado vizinho (ocidental), fez com
que a URSS construísse o Muro de Berlim, chamado de “muro da vergonha”: foi um
símbolo da divisão do mundo.
Doutrina
Truman – 1947: Plano Marshall (EUA)
Doutrina
Truman: Em 1947, o presidente dos EUA, Harry Truman, lançou uma
ofensiva contra a expansão comunista no mundo. Uma das estratégias da Doutrina
Truman foi o Plano Marshall, um programa
de ajuda econômica dos EUA para a reconstrução dos países europeus destruídos
pela guerra. O objetivo principal era combater a influência comunista na
Europa.
COMECON
(Conselho para Assistência Econômica Mútua) URSS - a
União Soviética propôs-se a ajudar também seus países, em resposta ao plano
econômico estadunidense. O COMECON fora proposto como maneira de impedir os
países-satélites da União Soviética de demonstrar interesse no Plano Marshall,
e não abandonarem a esfera de influência de Moscou.
Corrida
armamentista: Terminada a Segunda Guerra Mundial, as duas
potências vencedoras dispunham de uma enorme variedade de armas, muitas delas
desenvolvidas durante o conflito, outras obtidas dos cientistas alemães e japoneses
que haviam desenvolvido novas
gerações de armas não convencionais, como armas químicas e biológicas. O maior
destaque ficou com uma nova arma não convencional, mais poderosa que qualquer
outra arma já testada até então: bomba
atômica. Só os Estados Unidos tinham essa tecnologia, o que aumentava em
muito seu poderio bélico e sua superioridade militar estratégica em relação aos
soviéticos.
A União Soviética iniciou
então seu programa de pesquisas para também produzir tais bombas, o que
conseguiu em 1949. Mas logo a seguir, os Estados Unidos testavam a primeira bomba
de hidrogênio, centena de vezes mais poderosa. A União soviética levaria
até 1953 para desenvolver a sua versão desta arma, dando início a uma nova
geração de ogivas nucleares menores, mais leves e mais poderosas.
Essa corrida ao armamento
era movida pelo receio recíproco de que o inimigo passasse à frente na produção
de armas, provocando um desequilíbrio no cenário internacional. Se um deles
tivesse mais armas, seria capaz de destruir o outro.
A corrida atingiu proporções
tais que, já na década de 1960, os Estados Unidos e a URSS tinham armas
suficientes para vencer e destruir qualquer outro país do mundo. Uma quantidade
tal de armas nucleares foi construída, que permitiria destruir o mundo 16 vezes.
Alianças
militares dos EUA e URSS:
OTAN
(Organização do Tratado do Atlântico Norte - criada em 1949, pelos Estados Unidos: uma aliança militar com o
objetivo de proteção internaciona,l em caso de um suposto ataque dos países do
leste europeu.
Pacto
de Varsóvia – firmado em 1955, pela URSS
e seus aliados, para unir forças militares da Europa Oriental, em resposta à
OTAN.
Logo as duas alianças militares estavam em
pleno funcionamento, e qualquer conflito entre dois países integrantes poderia
ocasionar uma guerra nunca vista antes.
O macarthismo: Criado pelo senador
estadunidense Joseph McCarthy nos anos 50, criou o Comitê de Investigação de
Atividades Antiamericanas, do Senado dos Estados Unidos. Toda e qualquer atividade pró-comunismo
estava terminantemente proibida e qualquer um que as estimulasse estaria
sujeito à prisão ou extradição.
Inúmeros artistas e
produtores de filmes ou de programas de televisão que criticavam o governo
americano foram acusados de comunistas. Foi criada a Lista Negra de Hollywood,
contendo os nomes de pessoas do meio artístico acusadas de atividades
antiamericanas. A era do macarthismo extirpou do meio artístico americano a
maior parte dos produtores progressistas ou simpatizantes da esquerda.
Em resposta ao Macarthismo,
a URSS aplicou extensivamente o Artigo 58 de seu Código Penal na Zona de
Ocupação Soviética, na Alemanha, onde as pessoas eram internadas como
"espiões," pela simples suspeita de oposição ao regime stalinista
(comunista).
Corrida
Espacial - Um
dos campos que mais se beneficiaram com a Guerra Fria foi o da tecnologia. Na
urgência de se mostrarem superiores aos rivais, Estados Unidos e União
Soviética procuraram melhorar os seus arsenais militares. Os dois países
investiram pesadamente na tecnologia aeroespacial.
A União Soviética dá início
à corrida espacial no ano de 1957, quando os soviéticos lançaram Sputnik 1, o primeiro artefato humano a
ir ao espaço e orbitar o planeta. Em novembro do mesmo ano, os russos lançaram Sputnik 2, quando foi a bordo o primeiro
ser vivo a sair do planeta, a cadela Laika.
Após as missões Sputnik, os
Estados Unidos entraram na corrida, remodelando inclusive todo seu sistema
educacional a fim de formar novos talentos.
Em 1961, os soviéticos
conseguiram lançar a Vostok 1, que era tripulada por Yuri Gagarin, o
primeiro ser humano a ir ao espaço e voltar são e salvo. A partir daí, a
rivalidade aumentou a ponto de o presidente dos EUA, John F. Kennedy, prometer
enviar americanos à Lua e trazê-los de volta até o fim da década. Os soviéticos
apressaram-se para vencer os estadunidenses na chegada ao satélite, mas devido
a falhas, só foi possível aos soviéticos o envio de missões não tripuladas em
1968.
Os EUA conseguiram enviar a missão tripulada Apollo 8 no Natal de 1968 à órbita
lunar. O passo seguinte: A missão Apollo
11 conseguiu realizar com sucesso a missão de chegar à Lua. Neil
Armstrong e Edwin Aldrin tornaram-se os primeiros humanos, respectivamente,
a caminhar em outro corpo celeste.
ARPANET - No campo das comunicações ocorreu grande
desenvolvimento durante a Guerra Fria. Temendo um possível bombardeio soviético,
durante a década de 1960, o Pentágono(EUA)
financiou o desenvolvimento de um sistema de comunicação entre os computadores.
A rede de comunicações criada pela agência Arpa ficou conhecida como Arpanet,
cuja lógica era: caso fosse feito um bombardeio soviético, a Central de Informações
não estaria em um só lugar, mas sim em vários pontos conectados em uma rede, ou
seja, cada nó da rede funcionaria como uma central, todas conectadas entre si.
A infraestrutura da rede foi construída com fibra óptica, para não sofrer
interferência dos pulsos eletromagnéticos produzidos pelas explosões nucleares.
Durante toda a década de
1970 e 1980 o uso dessa tecnologia se manteve restrito a fins militares e
acadêmicos. Somente em Convenção realizada no ano de 1987 a rede seria liberada
para uso comercial. A partir de então, a Arpanet passou a se chamar Internet.
Conflitos
indiretos
Guerra da Coreia (Junho/1950 -
Julho/1953): único grande confronto militar que envolveu
batalhas em que, de um lado, havia forças militares americanas e, do outro,
forças soviéticas. Os soviéticos haviam invadido o norte da Coreia, o que levou
o Sul a pedir auxílio aos EUA. No fim da guerra, cada região ficou sob a
influência de uma superpotência.
Revolução Cubana - Cuba, a maior das
ilhas caribenhas, sofreu uma revolução em 1959, que retirou o ditador
pró-estadunidense Fulgêncio Batista do poder, e instaurou a ditadura de Fidel
Castro. A instauração de um regime socialista em Cuba preocupou a Casa Branca
(sede do governo americano) que, ainda em 1959, tentou depor o novo governo,
apoiando membros ligados ao antigo regime e iniciando um embargo econômico à
ilha. Com o bloqueio do comércio de petróleo e grãos pelos EUA, Cuba passa a
adquirir esses produtos da URSS.
Em 1961, a CIA (órgão
secreto americano) chegou a organizar o desembarque de grupos de oposição
armados, que deporiam Fidel Castro na operação da Invasão da Baía dos Porcos,
que foi um fracasso completo. Diante desta situação, o novo regime cubano se
aproxima definitivamente da URSS, que oferece proteção militar.
A
coexistência pacífica (1953 - 1962) entre EUA e URSS - Após a morte de
Stalin, em 1953, Nikita Khrushchev subiu ao posto de Secretário-Geral do
Partido Comunista da União Soviética - governante dos soviéticos. Condenou os
crimes de seu antecessor e pregou a política da coexistência pacífica entre os
soviéticos e americanos, o que significaria os esforços de ambos os lados em
evitar o conflito militar, havendo apenas confronto ideológico e tecnológico.
Esta política também possibilitou uma aproximação entre os líderes. Khrushchev
reuniu-se diversas vezes com os presidentes americanos.
Crise
dos Mísseis-1962 - a União Soviética foi flagrada construindo 40 silos (depósitos)
nucleares em Cuba. Após discussões, os EUA se comprometem a não invadir Cuba e
a URSS desmonta as bases, porque ambos temiam uma guerra atômica.
Doutrina
Kennedy – 1963 - Durante
a Guerra Fria, a propaganda e os esforços anticomunistas dos Estados Unidos
fizeram-se sentir na América Latina. Pela Doutrina Kennedy, os governos
latino-americanos deveriam combater os inimigos internos (comunistas) evitando
a “ameaça vermelha”. Essa doutrina abriu campo para uma série de golpes de
Estado na América Latina e a formação de inúmeras ditaduras, muitas vezes
patrocinadas e apoiadas pelos EUA (caso da ditadura militar brasileira).
Guerra
do Vietnã (1964 - 1975) - Foi
um dos maiores confrontos militares envolvendo capitalistas e socialistas, no
período da Guerra Fria. Opôs o Vietnã do Norte e guerrilheiros pró-comunistas
do Vietnã do Sul, contra o governo pró-capitalista do Vietnã do Sul e os EUA.
Após a Convenção de Genebra
(1954), o Vietnã, recém-independente da França, seria dividido em duas zonas de
influência (como a Coreia), e estas zonas seriam desmilitarizadas e mantidas,
cada uma, sob um dos regimes (capitalismo e socialismo). Foi estipulado que em 1957
ocorreria a realização de um plebiscito, decidindo sobre a reunificação do
Vietnã ou não, e qual regime de governo seria adotado.
O governo do Vietnã do Sul,
temendo uma derrota, decidiu proibir o plebiscito em seu território, pois
queria manter o alinhamento com os estadunidenses. Como o Vietnã do Norte
queria a reunificação, lançaram-se em uma guerra contra o Sul.
O Vietnã do Norte contou com
o apoio da Frente de Libertação Nacional, ou vietcongs, um grupo de
rebeldes no Vietnã do Sul. E o Vietnã do Sul contou, em 1965, com a valiosa ajuda
dos EUA. A guerra estava favorável ao Vietnã do Norte, porém, quando os EUA se
lançaram ao ataque contra os norte-vietnamitas, tudo parecia indicar que seria
um grande massacre e uma fácil vitória ocidental. Mas os vietnamitas do norte contando
com o conhecimento do território e táticas de guerrilha, conseguiram vencer os
Estados Unidos, o que é visto como uma das mais vergonhosas derrotas militares
dos EUA.
Em
1975, os Estados Unidos e o Vietnã do Norte assinaram os Acordos de Paz de
Paris, onde os EUA reconheceram a unificação do Vietnã sob o regime comunista.
Detente
– Nova coexistência pacífica - Década de 1970 - EUA e URSS entram novamente num período de
coexistência pacífica, onde fizeram acordo de que somente interviriam em seus
locais de influência. Neste período o presidente dos EUA, Richard Nixon chegou
a visitar Moscou.
Caso Watergate (hotel onde ocorria uma Convenção do
Partido Democrata): Nixon, republicano, mandou espionar o hotel e
foi descoberto, sendo obrigado a renunciar ao governo. Em 1972, Jimmy Carter é
eleito com Campanha pelos Direitos Humanos, o que levaria os EUA a condenar as
ditaduras, inclusive na América Latina.
Primeiro
choque do Petróleo –
1973 - O valor do
barril quase triplica da noite para o dia (o período do Milagre
Econômico brasileiro acabava aqui).
Até 1973 o modelo keynesiano
de economia (intervenção do Estado) era a base para muitos países. Com o choque
do petróleo e o aumento do endividamento dos Estados, os países passaram a
diminuir os gastos e a adotar o Neoliberalismo (diminuição do Estado na
economia, principalmente através da privatização das empresas estatais).
Na mesma época a URSS
apresentava uma economia atrofiada pelos gastos com a Guerra Fria, era o início
da derrocada soviética, que chegaria ao fim em 1989.
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DESCOLONIZAÇÃO DA ÁFRICA E DA ÁSIA
DESCOLONIZAÇÃO DA ÁFRICA E DA ÁSIA
A partir de 1945, o ideal de
independência dos povos colonizados transformou-se num fenômeno de massas, com
o surgimento de vários países politicamente livres, que, no entanto,
mergulharam na dependência econômica.
Entre 1950 e 1960,
mais de quarenta países afro-asiáticos conseguiram sua independência,
impulsionados pelo nacionalismo, pelo declínio do poderio europeu após a II
Guerra e pelo apoio da ONU, que reconhecia seus direitos. Além disso, havia a posição favorável
dos Estados Unidos e da União Soviética, que viam em tal processo uma forma de
ampliar suas áreas de influência.
O processo de descolonização
ocorreu de duas formas:
a) libertação
por meio da guerra, em geral, com a adoção do socialismo;
b)
independência gradual concedida pela Metrópole, que passaria o poder político à
elite local; esta, articulada com o mundo capitalista, manteria a dependência
econômica do país.
Em 1955, a Conferência de
Bandung, na Indonésia, debateu os problemas do Terceiro Mundo e a questão
do não alinhamento. Reuniu vinte e nove nações afro-asiáticas, que
declararam apoiar o anticolonialismo e combater o racismo e o imperialismo.
A Conferência de Bandung substituiu o conflito
leste-oeste (entre capitalismo e socialismo), pelo conflito norte-sul, entre
os países industrializados ricos e os países pobres e exportadores de produtos
primários.
As nações reunidas definiram publicamente
quatro objetivos básicos:
Ø Ativar
a cooperação e a boa vontade entre as nações afro-asiáticas e promover seus
mútuos interesses;
Ø Estudar
os problemas econômicos, sociais e culturais dos países participantes;
Ø Discutir
a política de discriminação racial, o colonialismo e outros problemas que
ameaçassem a soberania nacional;
Ø Definir
a contribuição dos países afro-asiáticos na promoção da paz mundial e na
cooperação internacional.
A Conferência de Bandung
firmava a existência de um bloco multinacional, não alinhado, o denominado
Terceiro Mundo, sem definir uma política concreta para a superação do
subdesenvolvimento e das heranças coloniais.
Os
Dez Princípios da Conferência de Bandung
1.Respeito aos direitos fundamentais, de
acordo com a Carta da ONU.
2.Respeito à soberania e integridade
territorial de todas as nações.
3.Reconhecimento da igualdade de todas as
raças e nações, grandes e pequenas.
4.Não-intervenção e não-ingerência nos
assuntos internos de outro país (Autodeterminação dos povos).
5.Respeito pelo direito de cada nação
defender-se, individual e coletivamente, de acordo com a Carta da ONU.
6.Recusa na participação dos preparativos da
defesa coletiva, destinada a servir aos interesses particulares das
superpotências.
7.Abstenção de todo ato ou ameaça de
agressão, ou do emprego da força, contra a integridade territorial ou a
independência política de outro país.
8.Solução de todos os conflitos
internacionais por meios pacíficos (negociações e conciliações, arbitragens por
tribunais internacionais), de acordo com a Carta da ONU.
9.Estímulo aos interesses mútuos de
cooperação.
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REVOLUÇÃO CHINESA DE 1949
REVOLUÇÃO CHINESA DE 1949
A Revolução Chinesa,
ocorrida em 1949, provocou profundas transformações na China que até hoje se
faz presente.
No início do século XX, após
a dominação imperialista promovida pelas nações capitalistas europeias durante
o século XIX, a população chinesa passava por intensas dificuldades econômicas
que pioraram drasticamente as condições de vida do povo chinês.
Através de um movimento
contra a presença estrangeira no país, a dinastia Manchu deu fim ao governo
imperial e criou um novo governo, a República da China. Mesmo assim em 1915, o
país foi politicamente dominado pelo governo japonês.
Insatisfeitos com a
dominação japonesa, uma grande mobilização política do povo chinês promoveu, em
1921, a criação do Partido Comunista Chinês. Em virtude de seu forte apelo
popular, o novo partido foi visto como uma ameaça à ordem governamental e, por
isso, seus líderes e participantes passaram a ser perseguidos pelas autoridades
do país.
Impedidos de participarem
das questões políticas de seu país, os comunistas chineses, sob a liderança de
Mao Tsé-tung, começaram a mobilizar as populações camponesas atraídas pela
promessa do uso coletivo das terras e a criação de um sistema político
igualitário. Contando com o apoio dos camponeses, Mao Tsé-tung criou o Exército
Vermelho, que entre os anos 1930 e 1940 lutou contra o governo chinês.
Após esse período de
batalhas, os comunistas dominaram Pequim em 1949 e Mao Tsé-tung foi aclamado
como novo líder da República Popular da China. Inicialmente apoiado pelo
governo comunista soviético, o governo comunista chinês criou um grande projeto
de transformação político-econômico chamado Grande Salto para Frente (1958).
Pouco depois, em 1966, surgiu um programa de controle cultural, político e
ideológico chamado de Revolução Cultural. Com a morte de Mao Tsé-tung, em 1976,
a Revolução Cultural teve seu fim e as políticas econômicas do país se abriram
para a economia mundial.
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QUESTÃO ÁRABE-ISRAELENSE
QUESTÃO ÁRABE-ISRAELENSE
A criação unilateral do Estado de Israel, em 1948, levou ao
acirramento dos conflitos no Oriente Médio.
A ONU criou o estado
israelense (judeu) na Palestina com o apoio incondicional dos Estados Unidos e
da URSS, como compensação ao Holocausto (ONU - recém criada, em 1947).
Discordando da criação do
Estado de Israel, os árabes travaram a primeira de uma série de guerras que se
seguiram. Ao final do conflito, os palestinos ficaram sem território, lançando-se
na diáspora.
Entre as guerras envolvendo árabes e
israelenses, a de 1967 - denominada Guerra
dos Seis Dias, acentuou as rivalidades por envolver territórios de outros
países. Ao final do embate, Israel invadiu a Península do Sinai (Egito), a
Faixa de Gaza, a Cisjordânia e as Colinas de Golã (Síria).
Contra
essas ocupações, o Conselho de Segurança da ONU compôs a Resolução 242 (1967),
que exigia a retirada imediata das áreas ocupadas, mas o governo israelense
jamais cumpriu tal exigência e nem por isso sofreu represálias.
À medida que a conjuntura
política se alterou, também a evolução dos conflitos sofreu mudanças drásticas.
Após a morte do Presidente Nasser (Egito), o novo presidente egípcio Anuar
Sadat firmou com Israel o acordo de Camp David (EUA), em 1979, acertando a
devolução dos territórios do Sinai. Esse acordo, visto pelos árabes como
traição do governo do Egito à causa palestina, resultou no assassinato de Sadat
em 1981. No ano seguinte, Israel invadiu o sul do Líbano.
A situação dos palestinos
confinados em áreas precárias resultou na eclosão da Intifada ("revolta
das pedras"). Durante alguns anos, os palestinos, sobretudo os jovens,
enfrentaram as forças armadas israelenses nos territórios invadidos. A situação
tremendamente desigual chamou a atenção da "comunidade internacional"
para as condições de vida da população palestina. A resistência palestina,
reunida em torno da Organização para
Libertação da Palestina (OLP), criada nos anos 1960 e liderada por Yasser
Arafat, deu ao povo palestino a dimensão de identidade coletiva.
Terminada a Guerra Fria e reduzido o apoio incondicional dos Estados Unidos a Israel, iniciaram-se conversações para o estabelecimento de um processo de paz. As primeiras reuniões ocorreram em Madri, em 1991. Dois anos depois, o líder palestino Yasser Arafat e o primeiro-ministro israelense Itzhak Rabin firmaram o Acordo de Oslo I, em setembro de 1993, que determinava o reconhecimento do Estado de Israel por parte da OLP (pois na carta de fundação da organização estava prevista a destruição do Estado judeu) e a aceitação da OLP por parte de Israel, como legítima representante do povo palestino. No ano seguinte, a Autoridade Nacional Palestina passou a controlar alguns territórios da Cisjordânia e a Faixa de Gaza.
Terminada a Guerra Fria e reduzido o apoio incondicional dos Estados Unidos a Israel, iniciaram-se conversações para o estabelecimento de um processo de paz. As primeiras reuniões ocorreram em Madri, em 1991. Dois anos depois, o líder palestino Yasser Arafat e o primeiro-ministro israelense Itzhak Rabin firmaram o Acordo de Oslo I, em setembro de 1993, que determinava o reconhecimento do Estado de Israel por parte da OLP (pois na carta de fundação da organização estava prevista a destruição do Estado judeu) e a aceitação da OLP por parte de Israel, como legítima representante do povo palestino. No ano seguinte, a Autoridade Nacional Palestina passou a controlar alguns territórios da Cisjordânia e a Faixa de Gaza.
O segundo Acordo de Oslo
(set/1995), ampliou as áreas em questão e estabeleceu um cronograma para a
retirada das tropas israelenses de partes da Cisjordânia. Porém, o assassinato
de Rabin, em novembro de 1995, abalou a política interna e repercutiu sobre o
"processo de paz". Nas eleições do ano seguinte, sob uma nova onda de
atentados contra alvos judeus, Benyamín Netanyahu (1996-1999), do partido
israelita de direita Likud, foi eleito eleito e encerraram-se conversações
sobre a paz. O Presidente judeu, Netanyahu estimulou a criação de novas
colônias judias em territórios palestinos e se referia a Arafat (Presidente da
OLP) como terrorista.
A eleição de Ehud Barak em
maio 1999, do Partido Trabalhista, favorável ao processo de paz, retomou as
negociações. Um corredor foi criado ligando a Faixa de Gaza à Cisjordânia. Mas
o apoio interno de Barak diminuiu em meados de 2000 e o ponto central da
questão palestina, ou seja, a declaração do Estado palestino em setembro de
2000, foi postergada (adiada).
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CRISE DO SOCIALISMO E FIM DA URSS
CRISE DO SOCIALISMO E FIM DA URSS
Em 1985, Mikhail Gorbachev foi
eleito Secretário-geral do Partido Comunista, cuja plataforma política defendia
a necessidade de reformar a União Soviética, para que ela se adequasse à
realidade mundial. Em seu governo, uma nova geração de políticos tecnocratas -
que vinham ganhando espaço desde o governo Khrushchev - se firmou, e
impulsionou a dinâmica de reformas na URSS e a aproximação diplomática com o
mundo ocidental.
Perestroika
e Glasnost
Gorbachev defendeu o
liberalismo econômico na URSS como a única saída viável para os graves
problemas econômicos e sociais. A União Soviética, desde o início dos anos 70,
passava por grande fragilidade, evidenciada na queda da produtividade dos
trabalhadores e a queda da expectativa de vida.
A alta nos preços do
petróleo no período 1973-1979 e a nova alta de 1979-1985 deram uma
sobrevida temporária a um sistema econômico que já estava falido.
Ajudaram
a aprofundar a crise do sistema econômico planificado da União Soviética: crise
econômica mundial dos anos 1980; a escassez de moedas fortes e a queda
no preço do petróleo e dos cereais; gastos militares muito altos
numa economia planificada, extremamente burocratizada e com cerca de metade do
PIB dos EUA. Com acidente nuclear de Chernobil em 1986, toda a produção
agrícola daquele ano foi perdida, os gastos inesperados foram enormes e o
Estado que havia planejado exportar uma safra recorde de grãos, teve que importar
comida. Somando-se aos custos do envolvimento de meio milhão de homens no
Afeganistão durante os anos 1980, a enorme economia da URSS entrou em colapso.
Frente a estes problemas,
Mikhail Gorbachev aplicou dois planos de reforma na URSS: a perestroika e a
glasnost.
Perestroika:
série de medidas de reforma econômicas. Para Gorbachev, não seria necessário
erradicar o sistema socialista, mas uma reformulação deste seria inevitável:
diminuiu o orçamento militar da União Soviética, o que implicou na diminuição
de armamentos e a retirada das tropas soviéticas do Afeganistão.
Glasnost: a
"liberdade de expressão" para a imprensa soviética e a transparência
do governo para a população, retirando a forte censura que o governo comunista
impunha.
A nova situação de liberdade
na União Soviética possibilitou um afrouxamento na ditadura que Moscou impunha
aos outros países. Pouco a pouco, o Pacto de Varsóvia começou a enfraquecer, e
cada vez mais o Ocidente e o Oriente caminhavam para vias pacíficas.
O
desalinhamento das repúblicas orientais
Em 1989 houve as primeiras
eleições livres no mundo socialista, com vários candidatos e com a mídia livre
para discutir. Muitos partidos comunistas tentaram impedir as mudanças, porém a
perestroika e a glasnost de Gorbachev tiveram grande efeito positivo na
sociedade. Assim, os regimes comunistas, país após país, começaram a cair.
A Polônia e a Hungria
negociaram eleições livres (com destaque para a vitória do Partido
Solidariedade, na Polônia); a Tchecoslováquia, a Bulgária, a Romênia e a
Alemanha Oriental tiveram revoltas em massa, que pediam o fim do regime
socialista. O ponto culminante foi a queda
do Muro de Berlim em 9 de Novembro de 1989, que pôs fim à Cortina de Ferro
e à Guerra Fria.
Alguns conservadores da União
Soviética tentaram um golpe de estado contra Gorbachev em Agosto de 1991, que
foi frustrado por Boris Iéltsin (Presidente do Soviete Supremo da República
Soviética da Rússia). A liderança de Gorbachev estava em decadência e, em setembro,
os países bálticos conseguiram a independência.Em dezembro, a Ucrânia
também se tornou independente. Finalmente, no dia 31 de dezembro de 1991, Gorbachev anunciava o fim da União das Repúblicas
Socialistas Soviéticas, renunciando ao cargo que ocupava e ao seu sonho de
ver um mundo socialista.
Formação
da CEI – Comunidade dos Estados Independentes
O fim da URSS, em 1991,
proporcionou a independência de várias nações que a integravam. Porém, o
vínculo estabelecido entre esses países gerou entre eles uma grande dependência
nas relações políticas, militares e econômicas.
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NOVA ORDEM MUNDIAL E A GLOBALIZAÇÃO
NOVA ORDEM MUNDIAL E A GLOBALIZAÇÃO
Globalização é o
conjunto de transformações na ordem social, cultural, política e econômica
mundial, que vem acontecendo nas últimas décadas. Caracteriza-se pelo processo de aprofundamento de integração nos
campos acima citados e tem sido impulsionada pelo barateamento dos meios de
transporte e comunicação.
O processo de Globalização diz respeito à forma como
os países interagem e aproximam pessoas. É um fenômeno gerado pela necessidade
da dinâmica do capitalismo: formar uma aldeia global, que permita
maiores mercados para os países centrais.
A Nova Ordem Mundial tem como marco inicial a queda
do Muro de Berlim (1989), que levou ao fim da bipolaridade mundial (EUA X
URSS). Caracteriza-se pela divisão do poder econômico mundial entre várias
nações, destacando-se os EUA, Japão, União Europeia, China, etc. Um novo
equilíbrio mundial, a nova multipolaridade. No entanto, militarmente
temos unipolaridade dos EUA, a maior potência mundial em armas, com
gastos bilionários na indústria bélica.
Características da Nova Ordem Mundial
Ø As alianças entre nações são feitas agora pelo grau
de afinidade econômico-comercial existente entre um e outro país. Deixando de
lado a questão ideológica, o que impera agora é a questão mercadológica.
Ø O nível de poder de um país agora é medido pelo seu
desenvolvimento científico e tecnológico, com destaque para o conhecimento
cientifico nas áreas de informática e biotecnologia.
Essas características levaram o mundo a uma nova divisão, deixando para trás a divisão entre capitalistas e socialistas para entrar num mundo dividido entre países ricos e pobres.
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