Antiguidade

ANTIGUIDADE ORIENTAL

            As características sociais, econômicas e políticas das sociedades asiáticas podem ser assim resumidas:
a)Existência da comunidade de aldeia, formada pelos produtores da sociedade;
b)Existência de um Estado despótico (governo baseado no poder isolado, arbitrário e absoluto do governante; tirania), acima da comunidade de aldeia;
c)Imposição de inúmeros tributos (impostos) sobre a população camponesa, desapropriação e controle do excedente (sobra) agrícola, por parte do Estado, em troca de obras públicas. A população vivia em servidão coletiva ao Estado e sua aristocracia era privilegiada (quando os nobres detém o monopólio do poder);
d)Não existência de comercio e artesanato suficientemente independentes, para alterar a ordem social;
d)Tendência à estagnação (falta de movimentação) e à estabilidade social, política e econômica;
As civilizações asiáticas foram as primeiras da História.

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CIVILIZAÇÕES MESOPOTÂMICAS
A Mesopotâmia antiga correspondia aproximadamente ao território atual do Iraque. Situava-se entre os rios Tigre e Eufrates, pertencendo à região do Crescente Fértil,
A Mesopotâmia não possuía proteções naturais, o que facilitava as invasões de vários povos, guerras, ascensão e queda de diversos reinos e impérios.



Economia Mesopotâmica: Sua base era:
Agricultura: trigo e cevada
Artesanato: ferramentas, utensílios e objetos de decoração

Comércio: atingiram alto grau de desenvolvimento, transformando a Babilônia num dos grandes centros comerciais da Antiguidade.

Sociedade Mesopotâmica. O Estado era uma monarquia teocrática.
Teocracia: governo onde o governante possui o poder político e religioso.

Camponeses: serviam coletivamente o Estado.


Religião:eram politeístas, não acreditavam na vida após a morte e acreditavam que a
religião servia para obter recompensas terrenas imediatas.

 Ciência: desenvolveram bom conhecimento científico, para conhecer o regime das cheias dos Rios Tigre e Eufrates e para calcular a movimentação comercial.
Desenvolveram: a astronomia, a multiplicação, a raiz quadrada e cúbica, além da astrologia. Na arquitetura, inovaram com o sistema de arcos, abóbadas e cúpulas e na escultura o uso do baixo relevo.

Sumérios Acadianos: fixaram-se na Caldéia por volta de 3500 a.C. fundando diversas cidades-Estado (cidades independentes entre si), onde cada uma era governada por reis absolutos (com total poder em suas mãos) chamados Patesi, que lutavam entre si pelo domínio da região. Os sumérios criaram a escrita cuneiforme (em forma de cunha), a primeira da História.

O primeiro Império Babilônico: Os amoritas derrotaram os sumérios acadianos e transformaram a sua cidade, Babilônia, em capital do Império.
 Babilônia: devido às conquistas e ao comércio crescente, transformou-se num dos principais centros urbanos e políticos da Antiguidade.
Imperador Hamurabi (1792-1750 a.C.): ampliou as fronteiras do Império Babilônico  e elaborou o primeiro código de leis da História: o Código de Hamurabi, composto de 282 leis,  incluindo a conhecida Lei de Talião (olho por olho, dente por dente), que era a base desse código. Após o governo de Hamurábi, o Império foi golpeado por várias invasões, acabando por desaparecer.

O Império Assírio: os assírios formavam um povo que antes de 2500 a.C. se estabeleceu no norte da Mesopotâmia, na região de Assur. Eram guerreiros famosos pela crueldade com que tratavam os povos vencidos.
No governo de Sargão II conquistaram o Reino de Israel.
Imperador Assurbanípal, construtor da famoso Biblioteca de Nínive e conquistador do Egito. Após sua morte o Império entrou em decadência, com diversas revoltas internas.  

O Segundo Império Babilônico: derrotados os assírios, a Babilônia voltou a ser a capital da Mesopotâmia, agora sob o domínio dos caldeus.
Imperador Nabucodonosor (604-561 a.C.): deu-se o apogeu do Novo Império Babilônico. Durante seu reinado, a Palestina foi conquistada e os hebreus, transportados como escravos para a Babilônia (Cativeiro da Babilônia). Foi também o responsável pela construção dos Jardins Suspensos da Babilônia, uma das sete maravilhas do mundo antigo.
Após a morte de Nabucodonosor, iniciou-se a decadência do Império Caldeu (ou Babilônico), sendo conquistado pelos persas (539 a.C.), comandados pelo Imperador Ciro I.  Era o fim da Mesopotâmia com autonomia política, que foi transformada em província persa.

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EGITO ANTIGO

A civilização egípcia desenvolveu-se no deserto da África, numa região desértica, cortada pelo fértil vale do Rio Nilo. A importância desse rio é resumida na frase do historiador grego Heródoto “O Egito é uma dádiva do rio Nilo”. Graças as chuvas abundantes na sua nascente, o Nilo transborda de julho a setembro, depositando em suas margens o húmus (lama extremamente fértil).Terminadas as cheias, o rio volta ao seu leito normal, deixando as margens prontas para produzirem uma agricultura abundante.


    Economia egípcia. Sua base era:
·         Agricultura (trigo, cevada, algodão, papiro, linho, etc.)
·         Pecuária (cabras, carneiros e gansos)
·         Pesca
·         Artesanato (ferramentas, utensílios e objetos de decoração)
·         Industria (tecido, vinho e navios)
A economia era totalmente controlada pelo Estado.

Sociedade egípcia – Era formada por:
Escribas: pequena parte da população que sabia ler e escrever. Eram responsáveis por registrar os impostos, a produção, etc.
Camponeses e artesãos: eram submetidos a tributos (impostos), trabalho forçado e castigos.
Escravos: eram a minoria, vencidos de guerra e endividados. Foram em maior quantidade durante o Novo Império. 


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DA CHINA ANTIGA AO SÉCULO XX
De acordo com a tradição, o povo chinês originou-se no Vale do Rio Amarelo. Durante as dinastias Chang (1600-1300 a.C.) e Chou (1112-256 a.C.), a civilização chinesa, gradualmente, se estendeu em direção ao norte.
A grande expansão do território tornou impossível o controle direto e a responsabilidade foi delegada a senhores feudais. Com o tempo, esses estados dependentes foram se tornando cada vez mais autônomos e a sociedade se organizou em torno da produção agrícola.
Durante a Dinastia Chang se conheceu a técnica de fundir o bronze e os chineses passaram a utilizar instrumentos de ferro e a produzir utensílios de cerâmica branca, esmaltada (porcelana). A produção e tecelagem de seda também se desenvolveram muito, chegando-se à mais antiga técnica de tecer seda, com motivos em alto relevo.
No ano 221 a.C., Qin Shi Huang pôs fim às lutas dos nobres que governavam no período anterior e fundou a Dinastia Qin. Foi o primeiro Estado feudal  unificado e com poder centralizado. Qin unificou as letras, a unidade de medida e a moeda, estabeleceu o sistema de prefeituras e distritos, construiu a grande muralha e também o palácio imperial, a tumba e a residência temporária do imperador.
Deste período, as construções foram destruídas pela guerra, porém os objetos do subsolo ficaram guardados para o futuro. É o caso dos "guerreiros de Terracota", conhecidos como a Oitava Maravilha do Mundo.
Em 206 a.C., a Dinastia Han estabeleceu seu governo sobre a base unificada dos Qin, modificando a política que havia provocado sua queda. Uma das contribuições mis importantes desta dinastia foi o estabelecimento do Confucionismo (Confúcio, filósofo) como ideologia oficial, no entanto, outras ideias filosóficas e superstições foram se juntando às ideias de Confúcio.
Durante a Dinastia Han a agricultura, o artesanato e o comercio tiveram grande desenvolvimento. Durou 426 anos e começou a se dividir quando as grandes famílias latifundiárias (enormes extensões de terra) criaram seus próprios exércitos.
Depois deste período, houve várias dinastias. Em 618, Li Yuan estabeleceu a Dinastia Tang. Ele tomou uma serie de medidas conhecidas como "Política de Zhenguan", impulsionando a prosperidade. Desenvolveu muito a agricultura, o artesanato e o comércio. A tecelagem, a tinturaria, a produção de cerâmica, a siderurgia e a construção naval apresentaram novos progressos técnicos. As comunicações aquáticas e terrestres tiveram grande desenvolvimento estabelecendo-se amplos contatos econômicos e culturais com o Japão, a Coreia, a Índia, a Pérsia, e os países árabes.
Depois da dinastia Tang veio o período das Cinco Dinastias e Dez Estados (907-960), até que em 960 o general Zhao Kuangyin, do Reino de Zhou Posterior, deu um golpe de Estado e fundou a dinastia Song (960-1279).
Em 1206, Gêngis Khan unificou as tribos mongóis e estabeleceu o kanato mongol. Seu neto Kublai Khan entrou no Sul, fundou a dinastia Yuan (1271-1368) e elegeu Dadu, atual Beijing (Pequim), como sua capital.
Durante as dinastias Song e Yuan a indústria e o comercio interno e externo também se desenvolveram. A fabricação de papel, a imprensa (de tipos fixos), a bússola e a pólvora também tiveram novos progressos e foram transmitidos a outras regiões como contribuições importantes para a civilização.
Em 1368, iniciou-se a Dinastia Ming (1368-1644), durante a qual a produção agrícola e o a artesanato conseguiram notável desenvolvimento, sendo que no final da dinastia o capitalismo dava seus primeiros sinais. A queda dos Ming foi provocada por uma rebelião que explodiu por causa da incapacidade governamental nos momentos de fome e desemprego. Os Ming aceitaram a ajuda da Manchúria para expulsar os rebeldes da capital e depois os manchus negaram-se a abandonar Pequim, o que forçou os Ming a fugir para o sul da China. Os manchu invadiram o sul e em 1644 era fundada a Dinastia Qing (1644-1912).
O século XIX foi marcado por uma rápida deterioração do sistema imperial e um crescimento contínuo da pressão estrangeira (neocolonialismo) vinda do ocidente e do Japão. Enfraquecida, a Dinastia Qing tentou reformar sua política, para garantir a sobrevivência do império. No entanto, os objetivos de manter um governo confuciano (com base nos valores de Confúcio) e desenvolver um poder militar moderno eram incompatíveis, e os esforços foram inúteis. Por volta de 1898, um conjunto de reformas visava transformar a China em monarquia constitucional e modernizar sua economia e sua educação.

Durante a primeira década do século XX, os revolucionários atraíram estudantes, comerciantes e grupos nacionais insatisfeitos com o governo manchu. Em 1912, após um período de rebeliões e negociações, uma assembleia revolucionária elegeu Yuan Che Kai, general dos exércitos manchus, o primeiro presidente da República da China.


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CIVILIZAÇÃO INDIANA: DO SURGIMENTO AO SÉCULO XX
A Índia se desenvolveu às margens dos Rios Indo e Ganges, na Planície  Indo-Gangética. A Índia Antiga ocupava a área dos atuais países: Índia, Paquistão, Afeganistão, Tadjiquistão, Nepal, Butão e Bangladesh (veja num mapa da atualidade).
A Índia já possuía grandes cidades como Harapa e Mohenjo Daro, às quais realizavam comércio com toda região e tinham forte influência. Por volta de 2000 a.C. essas cidades receberam um grande número de imigrantes, que fugiam das secas. O excesso de população levou essas cidades ao fim.
No século XVI a.C., o território indiano foi alvo da ocupação de tribos nômades (que não se fixavam em lugar nenhum) provenientes da região do atual Irã, comumente conhecidas como árias. Os árias controlaram porções do território onde a civilização hindu (indiana) fixou marcantes traços da cultura indiana.

Esse período de ocupação marcou o início do Período Védico (1500 a.C.-500 a.C.). As grandes fontes documentais que narraram a história indiana nessa época são um conjunto de hinos religiosos conhecidos como Vedas.  
Organização da sociedade indiana em castas:
a condição de um indivíduo é determinada pelo seu nascimento. A casta determina o direito nato (por nascimento) de exercer determinadas profissões, que definem o prestígio e a posição social. Hoje esse sistema se subdivide em milhares (pois segue as principais profissões).
Período Védico: no século VI a.C, é marcado por intensas transformações nos campos religioso e intelectual, empreendidas por dois grandes líderes religiosos: Siddhartha Gautama e Mahavira. Ambos pregavam uma prática religiosa marcada pelo ascetismo (abstenção de prazeres e do conforto material, com o fim de alcançar a perfeição moral e espiritual) e pela constante reflexão espiritual. Siddharta Gautama foi responsável pela criação do budismo.  
Os hindus sofreram com a expansão do Império Persa, que controlou diversas regiões indianas. No século IV a.C., os macedônicos – liderados por Alexandre, O Grande – venceram os persas e, dessa forma, passaram a controlar algumas regiões da Índia.
Com a divisão dos territórios da Macedônia, um novo império se consolidou na Índia: o Império Mauria. Inicialmente expulsaram os gregos do território indiano e posteriormente anexaram novas regiões.
 Império Mauria: foi responsável por bom número de obras públicas, como a irrigação, que incentivou a agricultura, controlada pelo Estado. Prisioneiros de guerra e camponeses eram obrigados a explorar terras pertencentes ao Estado, e as atividades comerciais eram mantidas com os gregos, persas, malaios e mesopotâmicos.
A crise do Império Mauria possibilitou a invasão de outros povos. Depois de um período de grande instabilidade política, a Índia viveu um novo processo de centralização política, com a ascensão do Império Gupta, no século IV. Dois séculos mais tarde, o império Grupta foi destruído por invasões estrangeiras, dividindo mais uma vez, a Índia em pequenos reinos soberanos. As invasões: exércitos árabes e centro-asiáticos nos séculos VIII e XIII e as de comerciantes da Europa, a partir do final do século XV.
 Em 1849, a Inglaterra assumiu o controle político. Tropas indianas no exército britânico desempenharam um papel importante nas Guerras Mundiais(1914 e 1939).
 Mahatma Gandhi: pregava a resistência não-violenta ao colonialismo britânico (inglês). A Índia teve sua independência em 1947 e o subcontinente indiano foi dividido em: República da Índia e República Islâmica do Paquistão. Houve uma guerra entre aqueles dois países em 1971 e o Paquistão Oriental tornou-se o Estado independente de Bangladesh.
Atualmente, a Índia tem obtido ganhos expressivos em investimento e produção econômica, constituindo-se uma das maiores democracias do mundo, com uma população de mais de 1 bilhão de pessoas. É uma das maiores economias do mundo.


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 FENÍCIOS
           
A Fenícia, localizava-se no atual Líbano (ver mapa atual). Destacou-se como uma civilização de navegantes e comerciantes que nunca alcançaram a unidade política, vivendo em cidades-Estado autônomas (independentes).
Os fenícios cultuavam vários deuses. Devido ao grande valor que davam a tais divindades, desenvolveram intensamente a astronomia e a matemática, vinculadas ao cálculo dos movimentos dos astros.
Como navegantes e comerciantes, relacionavam-se com todos os povos da região, em torno do mar Mediterrâneo.
Criaram o alfabeto de 22 letras, que aprimorado mais tarde pelos gregos e romanos, constitui o nosso alfabeto atual.
A sociedade dividia-se basicamente em dois grupos:
a)  a aristocracia, formada pelos comerciantes e armadores (construtores de navios), que comandavam as cidades-Estado;
b) as camadas populares, formadas por trabalhadores livres escravos.

Nas cidades-Estado predominava a centralização política, sob o comando da Talassocracia (ricos comerciantes marítimos).

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PERSAS
          A Pérsia localizava-se a leste da Mesopotâmia, onde fica atualmente o Irã (compare com o mapa atual).
 A civilização persa foi o produto da união por conquista de dois povos locais: os Medos e os Persas, por volta de 600 a.C.
            Seus principais governantes:  
Ciro I (559-529 a.C.) - primeiro rei da Pérsia, responsável pela unificação política das tribos e iniciador da expansão do território, o que levaria à constituição de um vasto império. Conquistou a Lídia e colônias gregas na Ásia Menor; depois, dominou Babilônia, Fenícia, Palestina e Síria.
Cambises I (529 aC - 522 aC.)  - filho de Ciro, continuou o expansionismo do pai, anexando o Egito ao império persa.
Dário I (512 aC - 484 aC) Durante seu reinado, deu-se o apogeu do Império Persa. Realizou uma administração eficiente sobre as várias regiões do Império: dividiu o território em unidades administrativas (satrápias), as quais eram regidas por um governador (sátrapa) nomeado diretamente pelo imperador - com isso, Dário controlava o governo de cada canto do Império; estabeleceu uma eficiente rede de estradas e um sistema de correio; criou uma moeda que deveria circular em todo o Império - o dárico; estabeleceu uma fiscalização rigorosa, com visitas-surpresa às províncias do império, a fim de controlar a administração local (eram os chamados "olhos e ouvidos do rei').
Os persas foram derrotados nas Guerras Médicas (contra os gregos), viveram em decadência progressiva, até serem conquistados definitivamente por Alexandre Magno, da Macedônia, em 330 a.C.

Economia no Impérío Persa: fundamentada na agricultura, a população camponesa se sujeitava ao pagamento de muitos impostos. O comércio era facilitado pelas várias estradas e pela ligação com os povos ocidentais. O dárico (moeda do Império), dava unidade comercial ao império e o Estado controlava todas as províncias: o poder político concentrava-se nas mãos do imperador.
Religião: a religião era dualista, ou seja, com duas divindades controladoras do mundo. Ahura Mazda, o deus do bem, da luz, do espiritual e Arimã, o deus do mal, das trevas (zoroastrismo).



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HEBREUS

A história hebraica se desenvolveu na região da Palestina, localizada na parte mais oriental da Bacia Mediterrânea. Hoje a maior parte desse território é ocupada pelo Estado de Israel.
Na Antiguidade, a Palestina também era chamada de Terra de Canaã ou Terra Prometida (prometida por Deus aos hebreus). Dos vários povos que se fixaram na Palestina, os hebreus foram os predominantes.


Economia.
A economia hebraica caracterizou-se pelo pastoreio e pela agricultura restrita às margens do Rio Jordão (cereais, uva, figo e oliva). Com a monarquia a propriedade das terras, que era coletiva, passou a ser privada, formando-se uma aristocracia ligada ao Estado monárquico, ao mesmo tempo em que crescia o comercio regional.
Sociedade.

Pastores, escravos e camponeses: obrigados a trabalhar, pagar impostos e integrar a exército.

A cultura hebraica.
A religião monoteísta foi a mais importante realização cultural da Palestina e serviu de base para as varias religiões posteriores, como o cristianismo e o islamismo.

A evolução política da Palestina.
A mais importante fonte histórica da Palestina Antiga é a Bíblia, cuja primeira parte chamada Antigo Testamento, relata os principais acontecimentos políticos e religiosos da região.
Os hebreus chegaram à Palestina por volta de 2000 a.C., organizados em tribos coletivistas chefiadas por patriarcas. Foi por essa época que criaram uma escrita que mais tarde originou o Aramaico, a língua falada e escrita dos semitas (povo originário da Ásia Ocidental, como os hebreus, cananeus, assírios, etc.) da região.
A Palestina, quando da chegada dos hebreus, já era habitada pelos cananeus e filisteus, houve várias lutas pela posse da terra, das quais saíram vitoriosos os hebreus.

Era dos Patriarcas.
Esse foi o período da fixação dos hebreus na Palestina. Os patriarcas eram os chefes das famílias que comandavam lutas pelas terras da região, contra cananeus, filisteus.
No entanto, as sucessivas guerras motivaram muitos hebreus a abandonarem a região, rumando para o Egito, fugindo das lutas e da fome. Na época ocorriam as invasões dos hicsos ao Egito e quando estes foram expulsos muitos estrangeiros sofreram perseguições e os hebreus acabaram escravizados.
Conta a Bíblia que para libertarem-se da opressão egípcia, o povo hebreu, liderado por Moisés, abandonou o Egito voltando para a Palestina. Segundo essa passagem, chamada “Êxodo hebraico”, Moisés guiou seu povo pelo deserto durante 40 anos, atravessou o Mar Vermelho e, no Monte Sinai, recebeu de Deus os Dez Mandamentos (Decálogo). Somente com o sucessor de Moisés, o patriarca Josué, os hebreus alcançaram a Palestina.

Era dos Juízes.
Quando chegaram à Palestina, os hebreus tiveram de disputar a região com os filisteus. Para enfrentá-los, as 12 tribos hebraicas, nomearam juízes (chefes político-militar-religiosos).
Neste período as tribos se unem contra o inimigo comum lançando as bases para total unidade hebraica, que se consagraria numa nova ordem política, a monarquia.
           
            Era da Monarquia.
            Saul foi proclamado o primeiro rei de todos os hebreus, em 1010 a.C.. Foi seu sucessor, Davi, quem derrotou o filisteu Golias e transformou Jerusalém na capital do Estado Hebraico.
            Dotado de um exercito permanente e de uma burocracia com diversos impostos, em 966 a.C. assumiu o trono Salomão, desenvolvendo o comércio e a riquezas estatais. Dada a prosperidade muitas obras públicas grandiosas foram realizadas, como o Templo de Jerusalém. A riqueza da corte real, os pesados impostos e a morte de Salomão ativaram uma disputa por sua sucessão que levou ao fim da unidade hebraica.
           
            O Cisma Hebraico.
       As disputas pela sucessão de Salomão resultaram a divisão dos hebreus em dois reinos, o Reino de Israel, com 10 tribos e capital em Samaria, e o Reino de Judá, com 2 tribos e capital em Jerusalém. Essa divisão que se chamou Cisma Hebraico, enfraqueceu os hebreus frente a outros povos expansionistas.
   Em 721 a.C. Israel foi conquistado pelos assírios e em 586 a.C. o Reino de Judá foi conquistado por Nabucodonosor. Somente em 539 a.C., com a conquista da Babilônia por Ciro I, os hebreus foram libertados e retornaram à Palestina, reconstruindo o Estado na região de Judá, só que como província persa.

A Diáspora Hebraica (século I d.C.).
Após o domínio persa veio o domínio greco-macedônio e, a seguir, o domínio romano. Os impostos e a exploração romana originaram diversas revoltas hebraicas que levaram à forte repressão romana. Em 70 d.C., no governo do imperador Tito, a capital Jerusalém, foi destruída e o povo hebreu se espalhou para outras regiões. Foi a “Diáspora Hebraica”, o fim do Estado hebreu, que só voltaria a existir em 1948 por decisão da ONU (Organização das Nações Unidas), quando foi criado o Estado de Israel.
Após a Diáspora, a região foi ocupada por vários outros povos, inclusive os árabes, que formaram na Idade Contemporânea, uma Palestina Árabe e se opuseram violentamente àquela decisão da ONU, o que originou os conflitos entre judeus e palestinos.

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GRÉCIA ANTIGA
A Grécia foi a primeira civilização onde despontou o humanismo (antropocentrismo – o homem como centro do universo - os gregos não eram subordinados aos deuses), sendo os gregos, os primeiros a se aprofundar nos segredos que cercam o homem. É o berço da civilização ocidental, com eles surgem as primeiras noções de ciência, cidadania e democracia.


Sua história se divide em 5 grandes períodos:

Período Pré-homérico (século XX-XII a.C.).
É o período de formação do povo grego.
Os primórdios da civilização grega estão relacionados ao processo de ocupação dos povos arianos que chegaram à Hélade, por volta de 2000 a.C.. Os aqueus foram os primeiros, depois vieram eólios e jônios. Nesse período, podemos destacar o intenso contato entre as cidades de Micenas e Creta. Os cretenses desenvolveram uma sociedade complexa reconhecida pelo intenso comércio marítimo ao longo do Mar Egeu.
Com o passar do tempo, os aqueus fortaleceram sua economia a ponto de estabelecer uma rivalidade contra os cretenses. Em 1400 a.C., os aqueus invadiram a cidade cretense de Cnossos e desarticularam uma parcela considerável dos costumes e tradições dessa civilização.
No momento em que os aqueus desenvolviam a ampliação de seus terrenos, uma última invasão seria responsável pela etapa final do chamado período pré-Homérico. Durante o século XII a. C., os dórios (originaram os povos espartanos e atenienses) empreenderam uma violenta invasão que destruiu vários centros urbanos da Hélade. Graças à sua tradição militar e o manuseio de armamentos de metal, esse agrupamento de origem indo-europeia forçou a fuga de vários habitantes da Grécia Continental.
Dessa forma, parte das tradições, costumes e saberes anteriormente estabelecidos nessa região foram desarticulados pela maneira violenta que os dórios conquistaram a Grécia.
O fim de várias cidades e da ampla atividade comercial marítima levou à uma nova configuração do mundo grego. Pequenos grupos familiares passaram a viver da agricultura de subsistência e o sofisticado artesanato perdeu espaço para a fabricação de peças mais simples e funcionais. As estruturas políticas centralizadas deram lugar ao poder exercido localmente pelos chefes familiares, e os ritos funerários se simplificaram. Assim, chegamos ao fim da chamada Grécia Pré-Homérica.

Período Homérico (século XII-VIII a.C.).
O novo período da história da Grécia Antiga recebe a denominação de Homérico por causa do poeta Homero, que escreveu e revelou muitas informações sobre esta fase da história grega. A estrutura que havia na Grécia foi toda distorcida e deu lugar para uma sociedade baseada nos Genos. Os membros dos Genos eram chamados de Gens e dependiam da unidade familiar. Como uma organização fechada, os Genos tinham uma grande independência econômica.
Com o aumento populacional e consequente escassez de alimentos os Genos acabaram por se desintegrar, dando origem às classes sociais (proprietários de terras e expropriados) e à propriedade privada.
Para se protegerem de invasões os proprietários se uniram e definiram leis, o que gerou a criação do Estado que se caracterizava pelo domínio da aristocracia agrária (poder dominado por uma elite proprietária de terras) era início das cidades-Estados (também chamadas polis, tinham independência uma das outras), dando início ao Período Arcaico.

Período Arcaico (século VIII-VI a.C.).
Caracteriza-se pelo desenvolvimento das cidades-Estados.
No período arcaico é onde observamos o processo final das transformações sofridas pelas comunidades gentílicas gregas. Deixando de adotar o uso coletivo da terra, começava a aparecer dentro dos genos uma classe de proprietários de terra. Em sua grande maioria, essa classe aristocrática esteve intimamente ligada aos pater, o líder patriarcal presente em cada uma dessas comunidades.
Essa nova classe social, também conhecida como eupátridas (filhos do pai ou bem-nascidos) formou um restrito grupo de proprietários de terra que irão mobilizar-se em busca da manutenção de suas posses.
As populações excluídas no processo de apropriação das terras se viram obrigadas a buscar outras regiões onde fosse possível buscar melhores condições de vida.
A consolidação do poder político nas mãos da aristocracia junto com a ampliação das atividades econômicas deu condições para o aparecimento de um novo espaço de representação sócio-política na Grécia: a cidade-estado. As cidades-estado consistiam em núcleos urbanos onde importantes decisões políticas e o trânsito de mercadorias acontecia. 
Com sua consolidação temos o surgimento de diferentes cidades-Estado compostas por práticas sociais, políticas e culturais distintas entre si. De tal maneira, o que observamos dentro do mundo grego será uma configuração política descentralizada. As diferenças de organização no mundo grego serão notadas com grande destaque quando estudamos, por exemplo, as diferenças entre as cidades-Estado de Esparta e Atenas.

            Esparta (povo dório).
            Os dórios eram em menor número que os aqueus, que haviam sido conquistados, para manter a proporção numérica usavam a força física se tornando dessa maneira uma sociedade centrada no militarismo, onde não havia propriedade privada.
Sociedade:
Ao nascer toda criança era examinada pelos anciãos e caso apresentasse algum tipo de deformidade era morta no Vale da Morte (Monte Tiageto), isso porque era importante para o Estado ter pessoas capazes de lutar no exército ou, no caso da mulher, de gerar bons filhos à Esparta.
Até os 7 anos a criança era criada pelos pais. Aos 7 anos as meninas passavam a frequentar diariamente o “ginasium” , onde aprendiam a ler e escrever, ao contrário das mulheres em Atenas. As tarefas domésticas, como tecer, costurar e cozinhar ficavam a cargo dos hilotas, enquanto elas recebiam uma educação muitas vezes tão brutal quanto  dos homens. Afinal, as mulheres em Esparta tinham que saber se defender sozinhas. Para isso recebiam treinamento militar e educação física. Participavam de eventos esportivos nos quais corriam, atiravam peso e arco e praticavam luta livre.
Na verdade, o que os legisladores espartanos queriam formar eram mulheres fisicamente fortes capazes de gerar os bravos guerreiros que a cidade tanto prezava e de zelar pelas suas propriedades quando seus maridos ficavam longe nas longas campanhas militares promovidas pelos espartanos.
A valorização da mulher em Esparta existia em linha direta com sua capacidade de gerar a prole saudável e expulsar os invasores que porventura se aventurassem por suas terras, além de reprimir as revoltas dos escravos, os hilotas. Além disso, durante sua vida civil ela poderia adquirir o direto de propriedade e não estava necessariamente sujeita à autoridade de seu marido.
Já os meninos, aos 7 anos eram levados pelo Estado para o aprendizado militar, ficando no quartel até completarem 18 anos quando ingressavam no exército e no qual permaneciam até os 60 anos.
Entre os sete e os doze anos a criança recebia os conhecimentos fundamentais para que conhecesse a organização e as tradições de seu povo. Depois disso, era dado início a um rigoroso treinamento militar onde seria colocado em uma série de provações e testes que deveriam aprimorar as habilidades do jovem. Nessa fase, o aprendiz era solto em um campo onde deveria obter o seu próprio sustento por meio da coleta, da caça de animais ou, em alguns casos, por meio do furto.
Nessa mesma época, os aprendizes eram colocados para realizarem longas marchas e lutarem uns com os outros. Dessa maneira, aprendiam a combater eficazmente. Além disso, havia uma grande preocupação em expor esse soldado a situações provadoras que atestassem a sua resistência a condições adversas e obediência aos seus superiores. Cada vez que não cumprisse uma determinada missão, esse soldado em treinamento era submetido a terríveis punições físicas.
Quando chegavam aos dezessete anos de idade, o soldado espartano era submetido a um importante “teste final”: a kriptia. Funcionando como uma espécie de jogo de esconde-esconde, os soldados participantes se escondiam de dia em um campo para, ao anoitecer, saírem à caça do maior número de hilotas (escravos) possíveis. Quem sobrevivesse a esse processo de seleção já estaria formado para integrar as fileiras do exército e teria direito a um lote de terras e aos 30 anos o soldado espartano poderia galgar a condição de cidadão e se casar. A partir desse momento, ele participava das decisões e leis a serem discutidas na Ápela. Quando atingia 60 anos, o indivíduo poderia sair do exército e integrar a Gerúsia
Estrutura política:
Esparta era uma aristocracia agrária, militarista e oligárquica (governo de pequenos grupos).
            Atenas (povo dório)
  Cidade litorânea, inicialmente monárquica, evoluiu da aristocracia para a democracia, tinha sua base econômica na agricultura.
Sociedade:
Cidadãos (1/10 dos cerca de 350.000 habitantes de Atenas)
  • Sexo masculino;
  • Filhos de pais atenienses;
  • Maiores de 18 anos;
  • Naturais de Atenas e com serviço militar;
  • Direito de Cidadania: participar no governo da cidade;
  • Não pagam impostos;
  • Possuem terras;
  • Dedicam-se à política e negócios;
Metecos
  • Estrangeiros que viviam em Atenas;
  • Homens-livres, mas sem direitos civis e políticos;
  • Prestam serviço militar;
  • Pagam impostos;
  • Não possuem terras;
  • Dedicam-se ao comércio e artesanato;
 Escravos (grupo social mais numeroso)
  • Prisioneiros de guerra ou por dívidas;
  • Não tinham quaisquer direitos;
  • Executavam os trabalhos mais difíceis e pesados (minas, obras públicas e trabalhos domésticos);
  • Não eram maltratados;
  • Pertenciam aos cidadãos ou aos metecos;
Mulheres
  • Não tinham quaisquer direitos;
  • Dedicava-se aos afazeres domésticos e cuidavam das crianças;
Estrutura política:
A democracia foi implantada por Péricles. A democracia ateniense era direta, enquanto a democracia brasileira é indireta (nós escolhemos representantes que votam as leis).
Atenas até por ser uma cidade litorânea se tronou um entreposto comercial, com isso o comércio ultrapassou, em importância, a agricultura levando os metecos que se dedicavam ao comércio a liderar a população para exigir direitos políticos.
Diante da grande instabilidade surgem os legisladores, rompendo com o antigo Pacto Social:
·         Drakon: passagem da lei oral para o papel sem reformas;
·         Sólon:
Ø  reforma censitária (baseada na renda) criando 4 classes:
ü  1ª classe: 100% dos direitos (renda mínima de 500 dentários);
ü  2ª classe: 80% dos direitos (renda mínima de 300 dentários);
ü  3ª classe: 60% dos direitos (renda mínima de 200 dentários);
ü  4ª classe: menos de 50% dos direitos (renda inferior a 200 dentários);
Ø  Instituiu a igualdade perante a lei e aboliu a escravidão por dívidas.
No entanto, as suas reformas não pacificaram Atenas, o povo desejava muito mais que uma participação censitária, por outro lado os aristocratas estavam frustrados por dividir o poder.
Com isso instalou-se a guerra civil, aproveitando-se do tumulto surge Psístrato (cidadão) que toma o poder e instala a Tirania (ditadura).
·        Psístrato: satisfaz a todos ao aumentar a qualidade de vida dos que não tinham plenos direitos, o que os acalma, agradando aos que tinham direitos.
Fez a Reforam Agrária, estimulou a construção naval e aumentou as atividades comerciais, acompanhadas de um aumento da renda média. Com sua morte seus filhos, Hípias e Hiparco, acabam abusando do poder levando Atenas à beira de uma guerra civil. Nesse momento, através de um golpe, assume Iságoras.
·        Iságoras: busca auxílio em Esparta para acabar com as revoltas, gerando uma revolta generalizada que acaba com sua expulsão de Atenas.
·        Péricles: chega ao poder, ligado aos movimentos populares, faz profundas reformas políticas implantando a Democracia (VER IMAGEM ANTERIOR).

Período Clássico (século VI-IV a.C.).
Durante o período clássico, notamos que as cidades gregas tomaram grande importância na organização do espaço público.
Dois grandes conflitos marcaram o período clássico grego. O primeiro aconteceu no embate dos gregos contra os persas, marcando as chamadas Guerras Médicas.
O outro grande conflito a ser destacado envolveram as disputas políticas desenvolvidas entre as próprias cidades-Estado. Tendo como principais protagonistas as cidades de Atenas, Esparta e Tebas, a Guerra do Peloponeso acabou trazendo graves prejuízos à Grécia. O desgaste do conflitou acabou favorecendo a invasão provocada pelos macedônios, fato esse que encerra o período clássico grego.
Guerras Médicas.
Conflitos pela disputa comercial. Persas desconheciam o terreno.
                GREGOS                         X                                 Persas
                       I                                                                            I
 Poder divido com pequenos                                 Poder centralizado com
   exércitos divididos nas poleis                                 exército numeroso

·        I Guerra Médica: liderados por Dário I, os persas desembarcaram próximos de Atenas, mas acabaram derrotas na Batalha de Maratona.
·        II Guerra Médica: Xerxes I, filho de Dário I, invade a Grécia pelo Norte (Esparta) e pelo Sul (Atenas). À Norte tinham de passar pelo desfiladeiro de Termópilas, que era defendido por Lêonidas e um exército com por volta de 7000 homens.Porém foram traídos por Efialtes que mostrou um caminho que permitia pegar os gregos pela retaguarda. Sabendo da traição Leônidas descartou a maior parte do exército grego, permanecendo para proteger a sua retirada, juntamente com 300 espartanos, 700 téspios, 400 tebanos e talvez algumas centenas de soldados, porém a maioria dos quais morreram em batalha.
Ao Sul, os atenienses levaram os persas para a Baía de Salamina, a esquadra persa era maior e mais pesada e a baía possuía muitos recifes, quando a maré baixou mais da metade da esquadra persa afundou, enquanto do alto de uma colina Xerxes assistia impotente a derrota de sua poderosa esquadra, sendo esse fato decisivo para a vitória grega, com isso Efialtes nunca foi recompensado como espera.
·        III Guerra Médica: Temístocles (general ateniense) quis levar a guerra à Ásia Menor, mas Esparta se opôs, por temor de deixar desprotegido o Peloponeso.
Por estas razões, a guerra continuou na Europa, voltando o exército persa a invadir em 479 a.C..Desta forma, os atenienses souberam buscar refúgio novamente em Salamina, sendo incendiada sua cidade pela segunda vez.
Ao saber que o exército espartano (ameaçado pelos atenienses para que lhes dessem ajuda) se dirigia contra eles, os persas se retiraram até o Oeste, em Platéia. Dirigidos por seu regente os espartanos conseguiram em 479 a.C. outra estrondosa vitória sobre os persas. Provavelmente no mesmo dia da vitória em Platéia, ocorreu a vitória grega na batalha naval de Mícale. Os persas se retiraram, pondo assim fim aos sonhos de Xerxes I de conquistar o mundo grego. Desta forma as Guerras Médicas, em que se enfrentaram pela primeira vez o Oriente e o Ocidente, chegaram ao fim.

Após a vitória grega.
Diante da necessidade de organizar a defesa e de equipar o exército, Atenas liderou a formação da Confederação de Delos, que durou praticamente 30 anos, uma aliança entre várias cidades-estados gregas que deveriam contribuir com navios ou dinheiro nos gastos da guerra. Com isso Atenas ficará mais rica, pois usava o dinheiro comprando matéria-prima dela mesma e contratando atenienses.
Com o fim das guerras, para sustentar seu padrão, Atenas obrigou as demais cidades a continuar pagando tributos ou seriam invadidas pela esquadra.
Esparta se revolta e forma, junto com outras poleis, a Liga do Peloponeso.
Guerra do Peloponeso.
          ATENAS                                  X                               ESPARTA
Confederação de Delos                                          Liga do Peloponeso
            Atenas perde e Esparta faz com que a Confederação passe a pagar a ela. O dinheiro corrompe Esparta (decadência moral e militar). Tebas se revolta.

ESPARTA                              X                                 TEBAS
            Tebas vence e passa a exigir o pagamento de todos a ela. Esparta e Atenas se unem contra Tebas, iniciando uma nova guerra civil. Tebas pede apoio a Macedônia, que nega.
Quase um século de guerras civis tinha dividido o povo grego, por isso a Macedônia nega apoio e aproveita para invadir a Grécia sob o comando de Felipe II, era o fim do Grécia independente que passou a pagar tributos à Macedônia e teve seu exército anexado ao Macedônico.
Período Helenístico e o Império Macedônico.
Os macedônios, de ascendência grega, ocupam originalmente o norte da Grécia. Durante seu reinado, Felipe II redistribui as terras, conquistando o apoio dos camponeses, e amplia o Exército, garantindo a defesa das fronteiras. Dá início então às campanhas expansionistas.
Felipe é assassinado em 336 a.C. Seu filho, Alexandre, o Grande (356 a.C.-323 a.C.), assume o reino. Após estabelecer domínio completo sobre a Grécia, dirige-se à Ásia Menor, vencendo as tropas do soberano persa Dário III, que é assassinado em 330 a.C., com sua morte, Alexandre é proclamado imperador persa.
Entre 327 a.C. e 325 a.C. dirige seus Exércitos para a Índia e acaba por formar um dos maiores Impérios territoriais até então conhecidos, compreendendo a Macedônia, a Grécia Balcânica, a Ásia Menor, a Fenícia, a Palestina, a Mesopotâmia, o Egito, a Pérsia e parte da Índia.
 Civilização helenística.
Resultado da fusão da cultura grega com a do Oriente Médio, principalmente a persa e a egípcia. Seu centro se desloca da Grécia e do mar Egeu para novos polos de cultura no Oriente Médio, como Alexandria, que além de templos grandiosos, possuiu uma biblioteca com 400 mil obras, o que incentiva um novo florescimento da ciência, da arte e da filosofia.
Para garantir a integração de seu vasto Império, Alexandre estimula casamentos mistos e funda dezenas de cidades com certa autonomia, mas ligadas ao poder central. Elas funcionam como mercados de troca econômica e cultural com o Oriente.
Divisão do Império
Ao morrer, Alexandre deixa como principais legados um vasto Império e a unificação do mundo grego, com a difusão de sua cultura até o Subcontinente Indiano. Mas as conquistas territoriais não avançam sem ele. Disputas até 281 a.C. dividem o Império em três grandes reinos (Macedônia, Ásia Menor e Egito). A crise político-econômica dos reinos, a ascensão de novos Impérios e a reação grega contrária à cultura helenística contribuem para o declínio desse Império a partir de 220 a.C. Entre 197 a.C. e 31 a.C., os romanos tomam Alexandria e encerram definitivamente o período macedônico.

PARA NÃO ESQUECER:
Períodos
·         Pré-Homérico: Período da formação do homem grego e da chegada cretense e fenícia. Nessa época, estavam se desenvolvendo as civilizações Cretense ou Minóica (ilha de Creta) e a Micênica (continental).
·         Homérico: Período que iniciou a ruralização e comunidade gentílica (comunidade na qual um ajuda o outro na produção e colheita). Só plantavam o que iriam consumir (quando a terra não estava fértil saíam em busca de terra).
Chegada dos aqueus, dóricos, eólios e jônicos; formação dos genos; ausência da escrita.
·         Arcaico: Formação da pólis; colonização grega; aparecimento do alfabeto fonético, da arte e da literatura além de progresso econômico com a expansão da divisão do trabalho, do comércio, da indústria e processo de urbanização. É neste período onde os vários modelos das polis vão se constituindo, definindo assim a estrutura interna de cada cidade-Estado.
·         Clássico: O período de esplendor da civilização grega, ainda que discutível. As duas cidades consideradas mais importantes desse período foram Esparta e Atenas, além disso, outras cidades muito importantes foram Tebas, Corinto e Siracusa. Neste momento a História da Grécia é marcada por uma série de conflitos externos (Guerras Médicas) e interno (Guerra do Peloponeso).
·         Helenístico: Crise da pólis grega, invasão macedônica, expansão militar e cultural helenística, a civilização grega se espalha pelo Mediterrâneo e se funde a outras culturas.


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CIVILIZAÇÃO ROMANA
A História da Civilização Romana teve início na Península Itálica.
Foi a civilização que formou o maior Império que o Mundo já viu.

O mito da fundação de Roma.
Diz a lenda que Roma foi fundada no ano 753 a.C. por Rômulo e Remo, filhos gêmeos do deus Marte e da mortal Rea Sílvia. Ao nascer, os dois irmãos foram abandonados junto ao rio Tibre e salvos por uma loba, que os amamentou e os protegeu. Por fim, um pastor os recolheu e lhes deu os nomes de Rômulo e Remo. Depois de matar Remo numa discussão, Rômulo deu seu nome à cidade.
A história nos diz que algumas tribos de origem sabina e latina estabeleceram um povoado no Monte Palatino, junto ao Rio Tibre. Por volta de 2000 a.C. esta região foi invadida pelos italiotas (Sabinos, Latinos e Volscos). Eles misturaram-se com os povos primitivos locais e passaram a povoar o centro da região.
Mais tarde os Etruscos fixaram-se ao norte e depois de algum tempo migraram para o sul, em busca de novas rotas comerciais e passaram a unir-se aos italiotas, por casamentos ou relações comerciais.
A História de Roma pode ser dividida em 3 períodos.

Monarquia (753ª.C. - 509 a.C.)
Os Reis de Roma eram eleitos pela Assembleia Curial, grupo de patrícios encarregados de escolher o rei de Roma e de criar leis.
O Senado Romano, também conhecido como Conselho dos Anciãos, era composto também por patrícios idosos. Eles tinham a tarefa de aprovar, ou não, as leis aprovadas pelos Reis.
No início da monarquia, Roma foi governada por reis de origem etrusca, os quais ditaram leis prudentes em favor do artesanato e do comércio, com os quais Roma adquiriu grande importância. Aos poucos, porém, esses reis deram lugar a outros monarcas, violentos e tirânicos, que desprezavam as opiniões do Senado.
As famílias patrícias que formavam o Senado, temerosas de perderem seu poder diante da tirania dos reis, os expulsaram e proclamaram a República.
 A República se baseava em três órgãos: o Senado, os magistrados e as Assembleias, simbolizados pela conhecida sigla S.P.Q.R. (Senatus Populusque Romanus, ou seja, "Senado e povo romano").

Sociedade romana - Monarquia
Patrícios - Os grandes proprietários de terras e de gado. Somente eles poderiam ocupar os cargos politico, militar e religioso.
Plebeus - homens livres, mas sem direitos políticos. Eram maioria em Roma.
Clientes - plebeus que prestavam serviços a um patrício, em troca de dinheiro ou de terra.
Escravos - pessoas escravizadas por dívidas ou vindas dos povos conquistados pelos romanos.
Política na Monarquia Romana

República (509-27 a.C.)
Na república a divisão social continuou a mesma, porém o exército deixou de ser composto apenas por patrícios, para contar com a participação de todas as camadas da sociedade. A grande desigualdade de direitos entre patrícios e plebeus provocou uma série de lutas sociais em Roma.
Questão patrício-plebeia (494-287 a.C.).
Os plebeus passaram a exigir direitos políticos e civis. No entanto, as diversas conquistas dos plebeus não beneficiaram igualmente todos os membros da plebe. Os cargos públicos e os privilégios conquistados foram parar nas mãos de uma nobreza plebeia.
 Essas lutas sociais aconteceram ao mesmo tempo em que os romanos conquistavam as terras da Itália, dominando vários povos que viviam na península.
Expansão romana.
Roma encarava a guerra como se fosse uma uma empresa e mantinha uma política expansionista. Para ser “sócio” dessa empresa, era necessário ser patrício e fazer parte do Senado.
·         Como eram organizadas as guerras:
Ø  Primeiro verificavam se a guerra era viável economicamente;
Ø  Nomeava-se um General Comandante. Ele custeava parte da guerra e recebia, dos espólios de guerra, a mesma porcentagem investida,.
Os soldados (povo) a princípio nada ganhava, depois passou a receber um salário quando estava em batalha; isso fez com que os soldados sempre quisessem estar em guerra.
Essa forma de encarar a guerra fez com que as classes sociais se distanciassem cada vez mais, pois os patrícios eram praticamente hereditários no Senado e só eles podiam ser generais.
Guerras Púnicas (Roma contra Cartago).
Cartago, antiga colônia fenícia, foi o primeiro alvo da política imperialista romana e sua mais forte rival. Possuía uma ótima localização e dominava a região central do Mediterrâneo. Os romanos precisavam enfrentar e derrotar Cartago, para impor sua superioridade comercial e militar na região do Mediterrâneo,
  Roma venceu Cartago e abriu caminho para a dominação total do Mar Mediterrâneo Ocidental. 
Ao mesmo tempo em que estava envolvida com as guerras púnicas, Roma voltou sua atenção para o Mediterrâneo oriental, onde o império formado por Alexandre, o Grande havia se desagregado. 
Consequências da guerra.
 As sucessivas conquistas provocaram, em Roma, grandes transformações sociais, econômicas, políticas e culturais. De 509 a.C. a 52 a.C., Roma conquistou quase todo o mundo conhecido na época. Consequências deste poder:
Ø desenvolvimento do comércio com as colônias
Ø desenvolvimento da economia monetária (troca de produtos por dinheiro), com a descoberta de minas de ouro nas terras conquistadas.
Ø aumento da mão de obra escrava, com a chegada de prisioneiros de guerra em Roma.
Ø forma-se uma nova camada social de cavaleiros, conhecida como “Homens Novos”. Eram originários da classe dos plebeus e enriqueceram com os saques dos territórios conquistados, com o comércio e a cobrança de impostos.
Ø crescimento do número de latifúndios (grandes propriedades de terra), cultivadas por numerosos escravos e compradas dos plebeus que regressavam empobrecidos das guerras.

Crise da República (133.C. a 27 a. C. – declínio da República Romana)
Tentando melhorar as condições de vida dos plebeus, os irmãos Tibério Graco e Caio Graco (tribunos da plebe), tentaram promover uma reforma social.  Em 133 a.C., Tibério Graco conseguiu a aprovação de uma lei, que limitava o tamanho das terras dos aristocratas e autorizava a distribuição daquilo que ultrapassasse o limite estabelecido para os pobres. Essa lei desagradou profundamente os grandes proprietários de terras. Tibério e aproximadamente 500 de seus partidários foram assassinados.
 Em 123 a.C., Caio Graco retomou o projeto de reforma agrária. Ele queria evitar o desaparecimento das pequenas propriedades rurais, evitando o aumento dos latifúndios, mas sofreu oposição dos grandes proprietários e suicidou-se. Seus seguidores foram perseguidos e muitos condenados à morte.
Fracassadas as reformas sociais dos irmãos Graco, a situação política, econômica e social de Roma entrou num período de grande instabilidade.
Com o aumento exagerado do número de escravos (custavam menos que manter os trabalhadores livres), os trabalhadores livres perderam seus empregos e o número de desocupados cresceu muito, aumentando as tensões sociais.
O Estado desenvolveu então a ideia de que “cidadão romano não precisa trabalhar” e criou também a “Política do Pão e Circo” (Comida e diversão gratuita). As tensões sócias diminuíram, mas diversos chefes militares,  sucessivamente, lutavam pelo poder. Para tentar controlar a situação surge o Triunvirato (três generais no poder).
* 1º Triunvirato: Julio Cesar manda matar os outros dois generais (Pompeu e Crasso) e é aclamado ditador vitalício. Júlio César conquistou a Gália, a Grã-Bretanha e o Egito em 52 a.C., completando a romanização (domínio de Roma) no mundo antigo.
 As reformas de Júlio César enfraqueceram o poder da aristocracia. Por isso, diversos senadores, liderados por Cássio e Bruto, organizaram uma conspiração e o mataram a punhaladas, em pleno Senado. O assassinato de César provocou uma verdadeira revolta popular. Os conspiradores foram derrotados, formando-se um Segundo Triunvirato.
2º Triunvirato: composto por Marco Antônio, Otávio e Lépido.  Lépido ficou com os territórios africanos, mas depois foi forçado a retirar-se da política, tornando-se Sumo Pontífice (Papa). Otávio ficou responsável pelos territórios ocidentais; Marco Antônio assumiu o controle dos territórios do Oriente.

    Surgiu uma intensa rivalidade entre Marco Antônio (que se apaixonou pela rainha Cleópatra, do Egito) e Otávio, que disse no Senado que Marco Antônio pretendia formar um império no Oriente. Otávio conseguiu o apoio dos romanos e derrotou Marco Antônio, que suicidou-se e Cleópatra fez o mesmo. O Egito foi transformado em província romana. Otávio tornou-se Imperador,  senhor absoluto ese Roma e de todo Império.  Terminava assim a República e começava o Império Romano.

Império Romano (séc. I d. C. – V d.C.).
O poder concentrou-se nas mãos do Imperador Otávio, com ampla aceitação nas diversas camadas da sociedade romana. Recebeu vários títulos concedidos pelo Senado, ampliando seus poderes. Eea chamado de Augusto (sagrado), Princeps Senatus (principal do senado), Imperador (comandante supremo do exército), Pontífices Maximus (sacerdote máximo), Pater Patriae (pai da pátria) etc. Seu governo destacou-se pela preocupação com a estabilidade interna e externa do Império. Durante seu longo governo, Augusto promoveu uma série de reformas sociais e administrativas. Incentivou a agricultura, o comércio e a indústria, construiu obras públicas que geraram empregos, fortaleceu a vigilância das fronteiras do Império, criou a guarda pretoriana para a sua proteção pessoal e estimulou as artes. O imenso Império passou a desfrutar um período de dois séculos de relativa paz e segurança, conhecido como Pax Romana (Paz Romana).
No final do século I, o Império Romano atingiu sua máxima extensão; já tinha conquistado toda a Itália e muitos outros territórios da Europa, do norte da África e do Oriente Médio. Para protegê-lo, estenderam-se guarnições militares (exércitos) ao longo das fronteiras: tropas e grande número de funcionários.
Vários outros imperadores sucederam Otávio. Aos poucos, porém, revelaram-se as fraquezas estruturais do Império (economia escravista, desigualdade social, corrupção, etc.).
Baixo Império (séc. II a V)
Em 235, iniciou-se um longo processo que se estenderia pelos dois séculos seguintes e terminaria com a desagregação de grande parte do Império Romano. As principais características desse processo foram:
Ø  Crises políticas, como não havia um critério definido de sucessão para o trono, havia guerras entre os generais mais poderosos;
Ø  Colapso do sistema escravista, causado pelo fim das guerras de conquistas a partir do governo de Adriano (117-138). Perdeu-se a principal fonte de mão de obra escrava, que eram os prisioneiros de guerra;
Ø  Problemas econômicos: o governo era obrigado a aumentar os impostos e a emitir dinheiro para pagar suas despesas, gerando inflação e descontentamento;
Ø  Dificuldades para proteger e manter as inúmeras fronteiras: sem dinheiro para pagar os soldados, extensas áreas ficaram desprotegidas, o que facilitou a invasão de povos inimigos, sobretudo os de origem germânica;
Ø  Expansão do cristianismo: pregava valores que eram contrários ao trabalho escravo e à divinização dos imperadores.
Todos esses aspectos provocaram o enfraquecimento do comércio e da produção em todo o Império. Aos poucos, a população abandonou as cidades para se abrigar no campo, onde encontrou maior proteção contra a invasão de povos inimigos, chamados de “bárbaros” pelos romanos.

Tentativas de reformas
Durante o Baixo Império, os imperadores tentaram introduzir reformas para superar a crise:
Diocleciano (284-312): criou uma nova forma de governo, exercida por quatro generais (Tetrarquia). Pretendia evitar as disputas de sucessão (troca de imperador) e facilitar a defesa dos territórios.
Também instituiu a Hereditarização dos ofícios (profissões passavam de pais para filhos) para evitar a falta de trabalhadores especializados e o Colonato, que transferiu para o campo todos os que não tinham ocupação nas cidades (cada família cultivava uma terra que não lhe pertencia, mas ficava com parte do que produzia).
O sistema de tetrarquia foi abandonado por seus sucessores e as guerras de disputa pelo poder voltaram a agitar o Império.
 Constantino (313-337): restabeleceu o poder centralizado do Império. Através do Edito de Milão, concedeu liberdade religiosa aos cristãos. Transferiu a capital do Império Romano - de Roma para Bizâncio (mais ao oriente), que passou a ser chamada Constantinopla.
Teodósio (378 a 395): em 391, instituiu o cristianismo como religião oficial do Império. Em 395, dividiu o Império em duas partes:
 Império Romano do Ocidente, capital: Roma.
Império Romano do Oriente, capital: Constantinopla.

Com a morte de Teodósio, o Império foi dividido entre seus dois filhos. 
No Ocidente, o poder  não conseguia conter as sucessivas invasões das fronteiras por outros povos, que passaram a controlar extensas regiões do Império Ocidental.
Entre os séculos IV e V, a situação se agravou com a chegada dos hunos à Europa. Devido à habilidade na guerra, esse povo, vindo da região central da Ásia, provocava pânico entre os germanos, que invadiam o Império Romano para fugir de seus ataques.
 Em 476, Odoacro, rei dos hérulos, destronou Rômulo Augústulo, último imperador romano. O Império Romano do Ocidente se desintegrou e, em seu território, surgiram diversos reinos germânicos.
Enquanto isso, o Império Romano do Oriente, ou Império Bizantino, mesmo enfrentando muitas invasões, conseguiu manter-se por quase mil anos, até 1453, quando foi conquistado pelos turcos.


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 IMPÉRIO BIZANTINO
Com o fim do Império Romano do Ocidente, o Império Romano do Oriente passou a chamar-se Império Bizantino com capital em Constantinopla (atual Istambul – Turquia) e passa a resistir às invasões bárbaras e a tentar recuperar as terras do ocidente.
O imperador Justiniano foi quem mais perto chegou disso. Foi durante seu governo que as principais leis romanas foram reunidas e atualizadas no que se chamou Código de Justiniano (século VI).
No século VIII, o culto a imagens foram proibidas no império, dividindo a sociedade bizantina, essa disputa ficou conhecida como Questão Iconoclasta, no século IX o culto a pinturas foi liberado, mas as estatuas permaneceram proibidas.
A diferenças religiosas também surgiam em relação ao cristianismo romano, levando, em 1054, à separação entre a Igreja do Ocidente (fiel ao papa romano) e a Igreja Ortodoxa do Oriente (fiel ao patriarca de Constantinopla), essa divisão ficou conhecida como Cisma do Oriente.
Queda do Império
Após o governo de Justiniano, o império começou a declinar, no entanto, nos séculos IX a XI o império reconquistou terras e voltou a crescer.
A partir do século XI, o império voltou a declinar, principalmente por causa dos enormes gastos para defender as fronteiras. Depois de vários ataques, em 1453, os turco-otomanos conquistaram Constantinopla com balas de canhão (moderníssimo para a época). Era o fim do Império Bizantino.


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