NOVA
REPÚBLICA (1985-hoje)
Nova República: período de
nossa história onde o Brasil passou a ser verdadeiramente um país democrático. Em
1985, Tancredo Neves foi eleito Presidente do Brasil, pelo Colégio Eleitoral. A
escolha de Tancredo Neves como presidente deu um ponto final na ditadura
militar.
Na véspera de tomar posse do
governo, Tancredo Neves adoeceu, e dias depois, 21 de Abril de 1985, veio a
falecer. Em seu lugar assumiu José Sarney, vice-presidente eleito.
O Governo Sarney (1985-1990)
José Sarney, assumiu a presidência e governou o Brasil espelhado na imagem de
Tancredo Neves. O ministério foi composto pelos mesmos ministros escolhidos por
Tancredo.
O Governo Sarney deu início à
redemocratização do Brasil. Foram estabelecidas eleições diretas para os cargos políticos. Também foi dado o
direito de voto aos analfabetos e foi criada
uma nova Constituição:
Constituição
de 1988: é a mais democrática que o Brasil já teve.
No campo político o país vivia
a redemocratização, mas, no campo econômico, os problemas continuaram. Buscando
uma solução para a crise econômica, em Fevereiro de 1986, o Governo Sarney
lançou um plano de estabilização econômica, o Plano Cruzado.
A nova moeda, o Cruzado, tinha o valor de mil Cruzeiros
(antiga moeda). Pelo Plano Cruzado ficou estabelecido o congelamento de preços
e salários. Estas medidas econômicas não surtiram efeito, pois a inflação
voltou a subir.
Com o fracasso do Plano
Cruzado, outros planos econômicos foram elaborados. Foi o caso do Plano Bresser, onde se instituiu o
congelamento dos preços, dos aluguéis, dos salários e a URP (Unidade
de Referência de Preços) como referência monetária para o reajuste de preços e
salários e o Plano Verão, que criou
o Cruzado Novo.
Governo
Collor (1990-1993)
Nas eleições de 1989, com o
caos econômico instalado no Brasil, a população optou por votar num candidato
que não fosse o indicado pelo governo Sarney. Elegeu como Presidente do Brasil
a Fernando Collor de Mello. Em sua campanha política, Collor afirmava
que buscaria melhorias na condição de vida do povo brasileiro, chamado por ele
de “pés-descalços e descamisados”.
Logo ao assumir a
presidência, Collor pôs em prática o Plano
Brasil Novo, conhecido também como Plano
Collor. Em comparação aos planos dos governos anteriores, este foi o mais
drástico. A moeda voltou a ser o cruzeiro
que passou a circular em menor quantidade. As contas bancárias e cadernetas
de poupanças com saldo superior a 50 mil cruzeiros foram bloqueadas.
Inicialmente, as medidas
econômicas tomadas no Governo Collor até surtiram efeito, mas no andamento do
governo a inflação voltou a subir. Para piorar a situação do presidente Collor,
sua imagem ficou suja, devido às denúncias de corrupção em seu governo, até por
seu irmão, Pedro Collor. Este denunciou um esquema de corrupção que tinha como
principal figura Paulo César Faria, tesoureiro da campanha política de Collor.
A descoberta do Esquema
PC Farias atingiu em cheio a popularidade de Fernando Collor. Seus dias
como presidente estavam contados. Boa parte da população brasileira
surpreendentemente saiu às ruas para protestar. Queriam eles a imediata
renúncia de Collor.
Pressionados pelos Caras
Pintadas (estudantes que foram às ruas e pintavam seus rostos), a Câmara dos
Deputados instaurou uma Comissão Parlamentar de Inquérito. Na CPI foram
levantadas provas suficientes que comprovaram a participação de Collor no Esquema
PC.
O Congresso Nacional
reuniu-se para discutir a aprovação do Impeachment de Fernando Collor de Melo.
Em 29 de Dezembro de 1993 Fernando Collor optou por renunciar à presidência
deixando o cargo para o seu vice, Itamar Franco.
Governo
Itamar Franco (1993-1994)
No Governo Itamar Franco,
foi encontrada uma solução para a crise econômica que assolava o Brasil. Em maio
de 1993, Itamar Franco nomeou a Fernando Henrique Cardoso como Ministro da
Fazenda. À frente de um grupo de economistas, o ministro elaborou um bem
sucedido plano econômico, o Plano Real.
A nova moeda, o Real, tornou-se um
sucesso. A população teve um melhor poder
aquisitivo e seus salários não eram corroídos pela inflação.
Governo
Fernando Henrique Cardoso (1995-2002) – dois mandatos
Fernando Henrique Cardoso foi eleito pelo
crédito na elaboração do Plano Real, pois a população confiava nele. Tomou posse do Governo em 1º de Janeiro de
1995. Ao final de 1998, foi reeleito como presidente, derrotando
novamente o candidato da oposição, Luís Inácio Lula da Silva.
O Governo FHC teve como missão manter a inflação baixa; também optou
por privatizar as empresas estatais e abrir economia brasileira para o
MERCOSUL.
A nova política econômica
adotada no segundo mandato de Fernando Henrique Cardoso, fez com que o Brasil
recorresse aos empréstimos do FMI (Fundo Monetário Internacional) o que gerou a
desvalorização do Real.
Governo Lula (2003-2010) – dois mandatos
Em 2003, com a percepção de
que Fernando Henrique e seu partido de certo modo se acomodaram no poder, o PT
(Partido dos Trabalhadores), foi eleito para Presidente do Brasil Luís Inácio
Lula da Silva (Lula), que teve dois mandatos para mostrar seu projeto para o
Brasil. Destacam-se: a política externa, que se aproximou da África e da
América Latina, além dos programas de auxílio à população carente. Este governo
optou por manter as conquistas econômicas do Plano Real, gerindo seu
crescimento. Pela primeira vez, o Brasil quitou suas dívidas no plano externo,
passando a ser até mesmo credor internacional, inclusive da grande potência
mundial, os EUA.
Governo
Dilma Roussef (2010-hoje)
Com a percepção de que seus
dois mandatos foram um sucesso, o povo garantiu, a Lula e ao PT, a eleição de
sua candidata, Dilma Rousseff, que é a atual Presidente deste período pelo qual
o Brasil ainda passa: o da Nova República.
Seu governo tem-se mostrado
alinhado à política de erradicação da miséria, bem como à manutenção das
conquistas do Plano Real. Internacionalmente recebe fortes elogios pela
investigação e combate à corrupção.
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O BRASIL E A NOVA ORDEM MUNDIAL
Vamos lembrar: NOVA ORDEM MUNDIAL: um novo
equilíbrio mundial, a multipolaridade, caracteriza-se pela divisão do
poder econômico mundial entre várias nações, destacando-se os EUA, Japão,
União Europeia, China, etc.
Diante da Nova Ordem, a
partir de 2003 o Brasil passa por mudanças:
•
Iniciou-se o ciclo de crescimento e redução
de desigualdades; 25,9 milhões de brasileiros subiram para classe C.
•
O poder de consumo cresceu 15%, em 5 anos.
•
Agricultura: produtores passam a ter crédito,
garantia de preços e seguro contra perdas em razão do clima.
•
Aquisição de imóvel: financiamento ficou mais
fácil.
•
Programa de Aceleração do Crescimento (PAC) –
urbanização de favelas passa a ser prioridade.
•
Investimento em Educação: 2003 – 19 bilhões /
2009 – 59 bilhões;
•
Criação da UAB – Universidade Aberta do Brasil,
para preparar melhor os professores;
•
Saúde: remédios 90% mais baratos – Farmácia
Popular.
•
12 milhões de empregos foram criados em 7
anos.
•
Maior liderança mundial na produção de biocombustíveis.
•
Política Externa: conquistas internas e ação
diplomática dão respeito ao Brasil diante de política mundial.
•
Participa do Conselho de Segurança da ONU.
•
2.400 militares do Exército e da Marinha
estão em missão de paz – Haiti.
•
Consolida-se como nação democrática ao
promover o diálogo entre gestores públicos e a população.
•
Lei Maria da Penha: em favor das mulheres,
contra a violência e a desigualdade.
•
Solucionam-se impasses históricos a favor dos
indígenas: 41,5 milhões de hectares homologados em 7 anos.
Lembre-se: Acompanhe atentamente os fatos e acontecimentos, o Brasil e o mundo mudam a cada instante.
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